Resumo:
O artigo apresenta uma análise das inquietações, resistências e contribuições (intra)pessoais que as autoetnografias feministas coletam em seu crédito a partir e para o trabalho dos diferentes feminismos. A partir de uma revisão integrativa e sistematizada da produção científica de mulheres nas últimas duas décadas, analisa-se a escolha da autoetnografia como meio de exploração profunda de suas experiências de ser, estar, sentir, pensar e fazer como mulheres a partir da crítica feminista, abordando a construção de olhares autoanalíticos, a herança da etnografia feminista e a inclusão de novos posicionamentos de e para os feminismos. A autoetnografia configura-se como ferramenta de empoderamento, agência política, solidariedade, cura, conciliação e conexão com os desafios feministas atuais. Este trabalho reflete e contribui para sublinhar a autoetnografia como aposta feminista.
Palavras-chave:
autoetnografia feminista; violência; cura; empoderamento; feminismo