Resumo:
Este artigo descreve a analisa o surgimento do ativismo de um grupo de mulheres em busca de seus filhos e filhas roubadas ao nascer na Argentina. Com base em observações e entrevistas com essas mães que buscam, são analisadas, por um lado, as noções às quais elas recorrem para dar legitimidade às suas reivindicações ao se oporem à suspeita de que são "más mães" que entregaram ou abandonaram seus filhos. Por outro lado, as condições para emergência desse ativismo e suas particularidades da configuração local dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Postula-se como hipótese que as práticas de roubo de crianças denunciadas por essas mulheres constituem formas específicas de violência inscritas no tecido social da desigualdade de gênero, classe e etária.
Palavras-chave:
Maternidade; Ativismo; Roubo de crianças; Violência