Resumo:
A partir de resultados de pesquisa quantitativa aplicada com mais de duas mil mães em todo o Brasil, neste artigo, visamos discutir de que maneira a escrita de narrativas pessoais sobre a maternidade e suas respectivas interações nas redes sociais digitais incidem nos processos de subjetivação do papel social das mães que constroem e ressignificam esses discursos. Os objetivos compreendem apresentar o feminismo matricêntrico como base teórica e conceitual; refletir sobre a maternidade e as redes sociais digitais; e analisar os sentidos de maternidade produzidos pelas e nas trocas e interações nas redes sociais digitais. Assim, do tensionamento entre as bases teóricas do feminismo matricêntrico com o material empírico foi possível observar que as práticas discursivas sobre a maternidade nas redes sociais possibilitam a estas mulheres reconhecer e falar sobre desigualdades que experimentam e que conformam seus papéis e identidades.
Palavras-chave:
maternidades; redes sociais digitais; feminismo matricêntrico