Este artigo trata do papel das revistas científicas na construção do campo de estudos de gênero. A partir da sociologia da ciência, da história da ciência e da experiência das autoras na publicação dos CADERNOS PAGU, examina-se a interação desta com a agenda feminista. Busca-se discutir o efeito das tensões e "negociações" na publicação de revistas científicas, além da constituição do campo de estudos de gênero. As ações políticas, as tensões, as negociações, o processo de "peer-review", o "controle" do conhecimento científico e as normas editoriais são analisadas no quadro das publicações cientificas - a formação de um campo de pesquisa e a reprodução de centralidade/periferia no Brasil. Finalmente, aponta-se para questões relativas ao aumento da visibilidade da Revista, da diversificação do seu conteúdo e da cooperação com pesquisadores latino-americanos e de outras partes do mundo.
estudos de gênero; história da ciência; revistas científicas; feminismo