Resumo:
Neste artigo temos como proposta realizar uma análise das representações masculinas presentes em três melodramas argentinos de princípios dos anos 70 protagonizados por Roberto Sanchez, mais conhecido como Sandro: Muchacho (1970), Siempre te amaré (1971), e Embrujo de amor (1971), dirigidos por Leio Flendeir. A partir de uma perspectiva de gênero, as tramas melodramáticas presentes nestes três filmes podem ser pensadas como um rito de passagem de uma desvirilização juvenil à conquista da hombridade vinculada à concretização do amor heterossexual. Neste esquema, o corpo masculino é apresentado em tela como um objeto de desejo e identificação por meio da câmera, apresentando marcas de raça e classe que se condensam dentro das cenas musicais dos filmes, cujas letras das canções que as constituem também foram analisadas. O artigo indaga como a performance de Sandro potencializa sentidos e formas de representação que tensionam os padrões hegemônicos de gênero da época.
Palavras-chave:
Masculinidades; representações de gênero; cinema; melodrama