Resumo.
Resumo. Em maio de 2019, comentários do vice-ministro das Relações Exteriores sugerindo que o Irã poderia pedir aos afegãos que deixassem o país, à medida que as sanções dos EUA se tornavam mais rígidas, geraram críticas generalizadas de vários segmentos da sociedade iraniana. Críticos da sociedade civil e facções políticas acusaram Araghchi de usar os afegãos como meio de obter concessões da Europa e de ignorar os ideais revolucionários. Com base na literatura que enfatiza o papel das mobilidades na formação do estado, postulamos que a política de migração e as dinâmicas sociais relacionadas são um elemento integral na formação do estado no Irã pós-revolucionário, oferecendo insights sobre a natureza do sistema político iraniano. Argumentamos que a política de imigração e asilo da República Islâmica reflete tanto o legado revolucionário quanto um sistema político que luta pela normalização, observando como o regime de migração do Irã foi formado, abrangendo a institucionalização da governança migratória, políticas ad hoc, diplomacia migratória, facções políticas conflitantes, e pressões sociais ascendentes.
Palavras-chave:
Iran; migrantes afegãos; formação do Estado; política de imigração e asilo; revolução