Depois de 40 anos de constante aumento da emigração do México para os Estados Unidos, o número de mexicanos residentes naquele país chegou a 12 milhões em 2006, enquanto as remessas atingiram seu ápice em 2007, com 26 milhões de dólares. No entanto, o crescimento da migração e das remessas, principalmente nos Estados de Zacatecas e Michoacán, não produziu o esperado desenvolvimento econômico e social, por causa da persistência do atraso, do desemprego e da marginalização. Precisa-se de novas políticas de desenvolvimento, migração e direitos humanos, que permitam, a médio prazo, o exercício do direito a não emigrar. Um produto positivo deste longo período de migração é a constituição de clubes de Migrantes Mexicanos e suas Federações que elaboraram propostas concretas de desenvolvimento. A possibilidade de que estas propostas se tornem políticas públicas de desenvolvimento, migração e direitos humanos, abrangentes e de longo prazo, dependerá da capacidade e da participação da sociedade civil mexicana e das comunidades transnacionais em ambos os países.
associações de migrantes; migração internacional; políticas governamentais; remessas