Este artigo apresenta uma abordagem bíblica que dialoga com migração, trabalho e identidade. Privilegia a abordagem de gênero e a perspectiva africana e caribenha de interpretação do texto bíblico. A provocação inicial e final é a experiência de migração de brasileiros no exterior e de estrangeiros migrantes no Brasil. O migrante, em condição servil, de pobreza e marginalização sempre faz o trabalho que os autóctones não querem mais fazer. A menina-serva de Naamã (2 Rs 5,1-27) e o eunuco-etíope-servo do palácio de Zedequias (Jr 38,1-13), personagens sem nome, foram instrumento de libertação para aqueles que lhes eram próximos por meio do seu trabalho.
Migração; Trabalho; Identidade; Gênero; Negritude