RESUMO
Este artigo tem como objetivo demonstrar o caráter institucional do dinheiro e examinar as condições necessárias para preservá-lo como operador social. O dinheiro é uma instituição social, porque é central para a manutenção de práticas sociais necessárias para a criação de riqueza produtiva e, portanto, para a reprodução material das economias capitalistas modernas. Além disso, como o circuito produtivo é uma das esferas daquelas economias em que “paixões” privadas e “interesses sociais” podem ser reconciliados, o dinheiro é apresentado como um elemento de coesão social. Argumenta-se, no entanto, que somente se a confiança na manutenção da “unidade das funções do dinheiro” persistir, o dinheiro poderá ser preservado como instituição social. A confiança, em suma, mostra-se emergir de um processo cognitivo incorporado em padrões culturais específicos, nos quais as informações são geradas, transmitidas e reforçadas, gerando gradualmente hábitos e convenções a serem seguidos pelos agentes econômicos.
PALAVRAS-CHAVE:
Moeda; instituições econômicas; nova economia institucional