RESUMO
Este documento investiga se a pressão política afeta a condução da política monetária no Brasil. Para o período entre janeiro de 2010 e agosto de 2020, estimamos uma regra de Taylor modificada para testar empiricamente se os apelos a taxas de juro mais baixas por parte dos presidentes induzem o Banco Central do Brasil (BCB) a baixar a taxa de política. Documentamos que é mais provável que o BCB defina a taxa de política de acordo com as preferências dos líderes políticos. Mostramos também que a resposta do BCB à pressão política permaneceu significativa, embora a pressão política tenha diminuído nos últimos anos.
PALAVRAS-CHAVE:
Independência do banco central; pressão política; regra de Taylor; economia emergente