RESUMO
Este artigo discute a distribuição e as fases históricas do capitalismo. Parte da premissa de que o progresso técnico e o econômico estão em andamento e, dado isso, sua pergunta se refere à distribuição funcional da renda entre trabalho e capital, tendo por referência a teoria clássica da distribuição e a tendência declinante da taxa de lucro de Marx. Partindo da experiência histórica, o artigo primeiramente inverte o modelo, tratando a taxa de lucro como a variável constante no longo prazo e a taxa de salário como o resíduo; em segundo lugar, distingue três tipos de progresso técnico (poupador de capital, neutro e dispendioso de capital) e o aplica à história do capitalismo, tendo por referência o Reino Unido e a França. Dados esses três tipos de progresso técnico, distingue cinco fases de crescimento capitalista, dentre as quais apenas a segunda condiz com a previsão de Marx. Na fase final, correspondente ao Capitalismo Financeiro-Rentista e neoliberalismo, os salários foram mantidos estagnados, crescendo menos que a produtividade, enquanto a taxa de lucro recuperou-se da queda ocorrida nos anos 1970.
PALAVRAS-CHAVE:
Crescimento; distribuição; taxa de lucro; taxa de salário; progresso técnico