RESUMO
Este artigo examina a produção teórica de Eugênio Gudin que expressa sua nova postura liberal, que destaca sua oposição a Roberto Simonsen, a teoria do desenvolvimento econômico do Cepal, Marx e seus seguidores. Gudin reconheceu Karl Marx como o maior inimigo do capitalismo. Ele atribuiu ao pensador a criação do conceito de capitalismo com conotações históricas. Negando radicalmente esse conteúdo e equilibrando a concepção do caráter natural e eterno desse sistema, ele se concentrou no capitalismo como um sistema de produção que se conecta harmonicamente à democracia. Ele trabalhou com o par de conceitos: economia, mercado e democracia como antítese do planejamento e do totalitarismo, estruturando o discurso que enfatiza o plano geral abstrato, desconsiderando uma análise histórica concreta de cada caso específico. Consequentemente, todo aspecto que não se encaixa nesse par é considerado antidemocrático e intervencionista, como uma negação equivalente ao ideal humano, às vezes que deve ser evitado ou mesmo destruído.
PALAVRAS-CHAVE:
História do pensamento econômico; Gudin; neoliberalismo