RESUMO
Este artigo discute duas linhas de análise sobre a abertura financeira nos países em desenvolvimento. Economistas convencionais argumentam que a abertura traz várias vantagens para esses países se as reformas liberalizantes tiverem sido feitas na sequência adequada, com a liberalização dos fluxos de capital como a última reforma adotada. A hipótese central assumida é que os fluxos são guiados por fundamentos econômicos. Uma abordagem alternativa, com base teórica pós-keynesiana, enfatiza que, no atual contexto de globalização financeira e predominância de fluxos de carteira, os fluxos de capital não são guiados por fundamentos, mas por perspectivas de curto prazo e por fatores exógenos ao país específico e, portanto, pode ser revertida a qualquer momento, com impactos negativos no país em desenvolvimento.
PALAVRAS-CHAVE:
Liberalização; fluxos de capital; globalização