RESUMO
Avaliações recentes de como o superávit primário do governo brasileiro reage à evolução da relação dívida/PIB transmitem duas mensagens importantes (e preocupantes): em primeiro lugar, a função de reação fiscal vem diminuindo quase constantemente desde 2012. Em segundo, passou de positiva para negativa a partir de outubro de 2017. Com taxas de juros reais efetivas (sobre a dívida pública líquida) maiores do que as perspectivas de crescimento do PIB, os números negativos para a função de reação fiscal significam uma trajetória não sustentável da dívida. Portanto, ajustes fiscais significativos terão que ser feitos no curto prazo.
PALAVRAS-CHAVE:
Brasil; dívida pública; reação fiscal; sustentabilidade fiscal; filtro de Kalman