RESUMO
Neste artigo discute-se a concepção de ciência pura de Léon Walras, a qual naturaliza os preços de mercado. Mostra-se, depois, como Marx explica criticamente a naturalização dos fenômenos econômicos em geral. Em sequência - com base na teoria do sujeito de Jacques Lacan - indica-se de que modo o discurso da ciência positiva contribui para a formação do saber tecnocientífico e para a difusão da teoria neoclássica. Mostra-se, ademais, que essa compreensão do conhecimento contribui para desresponsabilizar os tecnocratas das consequências eventualmente funestas da aplicação da ciência positiva na sociedade.
PALAVRAS-CHAVE:
Teoria do equilíbrio geral; Leon Walras; crítica da economia política; metodologia da economia