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Novo Desenvolvimentismo: além da taxa de câmbio competitiva

RESUMO

O objetivo deste artigo é mostrar que a obtenção de um nível competitivo para a taxa de câmbio real é uma condição necessária, embora não suficiente, para a recuperação dos países de renda média aos países desenvolvidos. Também é necessária uma mudança nas expectativas de longo prazo da taxa de câmbio real por parte dos empreendedores, o que exige a eliminação das causas subjacentes da tendência de supervalorização da taxa de câmbio real, que engloba a doença holandesa e a liberalização da conta de capital. Devido à existência de hiato tecnológico, a taxa de câmbio de equilíbrio industrial nos países de renda média pode ser maior o suficiente para compensar as empresas domésticas pelo atraso tecnológico em relação às empresas dos países desenvolvidos. Isso significa que há um espaço para as políticas industriais e de ciência e tecnologia no quadro teórico novo-desenvolvimentista.

PALAVRAS-CHAVE:
Novo Desenvolvimentismo; equilíbrio industrial; doença holandesa; fluxos de capital

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