RESUMO
O artigo apresenta um modelo destinado a definir e discutir a sustentabilidade das dívidas externas em “mercados emergentes”. A primeira condição de sustentabilidade é a existência de um máximo na relação dívida-produto. Com algumas hipóteses de comportamento simples, mostra-se que a sustentabilidade depende do índice inicial de dívida-exportação, da taxa de crescimento das exportações e do prêmio de risco-país. Um prêmio de risco país endógeno dá espaço para múltiplos equilíbrios. O modelo permite a discussão da vulnerabilidade frente aos choques financeiros e a propensão da economia a pular para caminhos insustentáveis. A primeira condição de sustentabilidade não é rigorosa. Duas condições adicionais de sustentabilidade são adicionadas: uma taxa de crescimento positiva e um mínimo no índice interno de absorção / saída. A discussão sobre o equilíbrio múltiplo, a vulnerabilidade e a potencial instabilidade da sustentabilidade é então ampliada.
PALAVRAS-CHAVE:
Sustentabilidade; dívida externa; crescimento