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Recessão e taxa de juros: o Brasil nos primórdios da década de 1980* * Os autores agradecem os comentários de Edmar Bacha, Alkimar Moura e participantes de Conferência “Opportunities and Constraints in Peripheral Industrial Society: The Case of Brazil”, Stanford-Berkeley Joint Center for Latin American Studies, Berkeley, ocorrida no final de janeiro de 1983. O presente texto é uma versão modificada do que foi apresentado na Conferência. Uma outra versão será publicada em livro, a sair em 1985, editado por Edson Nunes, Albert Fishlow e John Wirth. A responsabilidade por imperfeições remanescentes é nossa.

Recession and interest rates: Brazil in the early 1980s

RESUMO

A economia brasileira enfrenta a mais profunda contração em sua atividade econômica dos últimos sessenta anos. A queda da produção per capita no período 1980/83 merece comparação com a do período 1928/33. Usando semi-oficial, conservador mais severo que o de 1928/33. Não há dúvida de que a pressão atual foi desencadeada por dificuldades crescentes em cumprir obrigações em moeda estrangeira. Este artigo argumenta que a atual forma de ajuste à crise externa é inadequada. O peso da dívida externa foi desnecessariamente ampliado por políticas que identificam erroneamente a taxa de juros como a variável crucial do ajuste.

PALAVRAS-CHAVE:
Recessão; juros; crise da dívida; dívida externa

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