RESUMO
A crise da ciência política contemporânea e da ciência social, em geral, reflete a crise tanto do capitalismo quanto do socialismo. A busca de alternativas teóricas para resolver a crise envolveu um redirecionamento e não uma nova direção. Este artigo primeiro examina várias pós-formas de sociedade, especificamente pós-liberalismo, pós-imperialismo e pós-marxismo e afirma que, embora essas concepções possam ser inovadoras e provocativas, elas não permitem a formação de novos paradigmas. Em segundo lugar, o artigo examina criticamente os principais temas da década de 1990 e conclui com a observação de que os intelectuais divergem sobre a direção do desenvolvimento, uma vez que as questões se tornam de preferência fundamental para o capitalismo ou o socialismo; sobre questões do Estado por causa do uso de análises de classe ou não de classe; e sobre questões de socialismo e democracia por causa de sua inclinação a favorecer formas indiretas ou diretas de participação no processo político. Assim, a preferência pelo capitalismo ou pelo socialismo pode moldar ideais e distorcer realidades, de modo que a produção de novas ideias não pode ser outra coisa que a reprodução de velhas ideias sob uma nova roupagem.
PALAVRAS-CHAVE:
Sistemas econômicos comparados; economia política