RESUMO
Todas as atividades públicas são, em certa medida, políticas, e todas exigem certas habilidades especializadas, que podem ser chamadas de “conhecimentos”. Mas, com o tempo e o espaço, o domínio especificamente “político” pode se expandir ou contrair. Da mesma forma, o que conta como especialização e quanta autonomia será concedida também varia ao longo do tempo e do espaço. Equitação, alfabetização, oratória, exegese textual e uma compreensão dos derivativos financeiros globais foram considerados como a marca do especialista moderno em um cenário ou outro. A relação entre o político “generalista” e o especialista “expert” é um dos temas mais antigos e recorrentes na ciência política. Regra eficaz e durável requer o alistamento de uma série de competências, mas o governo não é redutível à técnica. Como então os governantes devem ser guiados por seus conselheiros sem serem usurpados por eles?
PALAVRAS-CHAVE:
Tecnocracia; especialização; eleição