RESUMO
A obra de Aníbal Pinto está nas origens da escola estruturalista e da crítica, desde o final dos anos 40, ao paradigma dominante no mundo acadêmico dos países desenvolvidos. A crítica estava inicialmente centrada na rejeição à ideia de que, terminada a reconstrução europeia, o comércio multilateral e a livre convertibilidade de todas as moedas garantiriam ritmos de prosperidade semelhantes entre todos os países integrantes desse sistema, pobres e ricos. Um corolário natural da rejeição a essa tese estava na ideia-força da industrialização, com suas exigências de protecionismo seletivo; desenvolvimento da infraestrutura; produção, inclusive estatal, de insumos básicos; programação e financiamento dos grandes investimentos. Tais preocupações marcaram os primeiros anos da CEPAL e o começo da obra de Aníbal Pinto, um dos mais criativos, profícuos e influentes estruturalistas latino-americanos.
PALAVRAS-CHAVE:
História do pensamento econômico; Aníbal Pinto