Resumo:
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e o maior exportador. Apesar do crescente destaque no mercado internacional nas últimas safras, atividades relacionadas ao escoamento desse produto ameaçam essa posição. Em razão da importância econômica para o país, o objetivo deste artigo foi identificar os direcionadores de competitividade da soja destinada ao mercado internacional e mensurar seus impactos no processo de exportação. Para tanto, a metodologia utilizada considera o caráter sistêmico de diferentes fatores que afetam a cadeia de maneira positiva ou negativa. Como resultado, a dimensão Infraestrutura Logística foi o único direcionador de competitividade classificado como desfavorável entre os fatores analisados. Os avanços do agronegócio estão sendo acompanhados em sincronia por alguns setores da economia, como ciência e tecnologia. Por outro lado, o setor logístico não tem apresentado o mesmo desenvolvimento, fazendo persistir algumas fragilidades, seja pela falta de infraestrutura para escoar a produção, seja pela impossibilidade de armazenar adequadamente a safra nacional. O desafio atual do Estado é garantir a manutenção da qualidade das infraestruturas já instaladas e promover um ambiente capaz de atrair o capital privado e um novo ciclo de investimentos.
Palavras-chave:
agronegócio; competitividade; logística; transporte