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Pobreza multidimensional no Brasil: evidências para as áreas rurais e urbanas

Resumo

Este trabalho estudou o comportamento da pobreza multidimensional e de renda, bem como seus determinantes no Brasil, evidenciando as diferenças entre as áreas rurais e urbanas com base nas informações das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2019. Foi utilizada a metodologia Alkire-Foster na construção de um Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), além do modelo logit para estimar os impactos na pobreza de determinantes relacionados a características domiciliares. A dimensão saúde e saneamento foi a que mais contribuiu com o IPM, seguida da dimensão educação e condições habitacionais. A pobreza unidimensional foi maior do que a multidimensional, além disso, a pobreza nas áreas rurais foi também maior. Entre os determinantes da pobreza, estar em domicílios com chefes não brancos, mais jovens, não casados, desempregados, menos escolarizados e ser das regiões Norte e Nordeste aumentaram as chances de pobreza. Além disso, domicílios com chefes mulheres tiveram menores chances de pobreza multidimensional, embora mais chances de pobreza unidimensional.

Palavras-chave:
pobreza; capacidades; método Alkire-Foster; bem-estar


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