Resumo
Objetivo:
Analisar a tendência da mortalidade por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool no Brasil em 2010-2021.
Métodos:
Estudo de séries temporais, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. A variação percentual anual (VPA) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados por regressão linear de Prais-Winsten.
Resultados:
Houve tendência estacionária na mortalidade no Brasil como um todo (VPA = 0,6; IC95% -4,2;3,0), tendência decrescente em indivíduos de 20-29 anos nas regiões Sul (VPA = -7,4; IC95% -10,0;-4,3) e Nordeste (VPA = -3,4; IC95% -6,4;-0,4), em pessoas de 30-39 anos no Centro-Oeste (VPA = -3,8; IC95% -7,4;-0,1) e naqueles com 40-49 anos nas regiões Sul (VPA = -2,1; IC95% -3,8;-0,4), Norte (VPA = -3,1; IC95% -5,7;-0,5) e Centro-Oeste (VPA = -2,9; IC95% -5,5;-0,3).
Conclusão:
A mortalidade por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool apresentou tendência estacionária no Brasil e decrescente em algumas faixas etárias.
Palavras-chave:
Transtornos Relacionados ao Uso de Álcool; Mortalidade; Alcoolismo; Estudos de Séries Temporais; Saúde do Adulto; Saúde Mental
Contribuições do estudo
Principais resultados
O coeficiente de mortalidade foi maior entre 50-59 anos. Houve tendência estacionária na mortalidade no Brasil como um todo, decrescente em indivíduos de 20-29 (Sul; Nordeste), 30-39 (Centro-Oeste) e 40-49 anos (Norte; Centro-Oeste; Sul).
Implicações para os serviços
Os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool acometem os brasileiros nas diversas fases da vida, sendo indispensável despertar a atenção da população para a redução do consumo de bebidas alcoólicas.
Perspectivas
É necessário direcionar ações de promoção da saúde e prevenção da mortalidade relacionada ao uso de álcool, com ênfase no grupo etário de 50 a 59 anos.