RESUMO
Objetivo
Identificar padrões alimentares e analisar fatores associados ao perfil de consumo de crianças em vulnerabilidade social, Maceió, Alagoas, Brasil, agosto/2019-dezembro/2021.
Métodos
Estudo transversal; coletaram-se variáveis sociodemográficas, antropométricas e de consumo alimentar, identificaram-se padrões alimentares por análise fatorial; analisaram-se associações mediante regressão de Poisson.
Resultados
Das 567 crianças estudadas, identificaram-se dois padrões alimentares, saudável e não saudável; idade ≥ 24 meses (RP = 2,75; IC95% 1,83;4,14), sexo masculino (RP = 0,66; IC95% 0,49;0,87) e escolaridade materna ≤ 9 anos (RP = 0,61; IC95% 0,46;0,81) associaram-se ao padrão saudável; o padrão não saudável foi maior em idade ≥ 24 meses (RP = 1,02; IC95% 1,01;1,03) e sexo masculino (RP = 1,46; IC95% 1,08;1,98).
Conclusão
Padrão saudável mais frequente em crianças ≥ 24 meses, menos frequente no sexo masculino e em mães de menor escolaridade; crianças ≥ 24 meses e do sexo masculino apresentaram maior prevalência do padrão não saudável.
Palavras-chave
Padrões Alimentares; Consumo Alimentar; Saúde da Criança; Vulnerabilidade Social; Estudos Transversais
Contribuições do estudo
Principais resultados
Foram definidos dois padrões alimentares, saudável e não saudável, aos quais se associaram o sexo masculino, a idade ≥ 24 meses e a escolaridade da mãe ≤ 9 anos de estudo.
Implicações para os serviços
Os dados do estudo podem auxiliar profissionais de saúde dedicados aos serviços de atenção básica, como nutricionistas, no planejamento de intervenções para a promoção de hábitos alimentares infantis saudáveis.
Perspectivas
Estudos prospectivos com essas populações são necessários para avaliar a causalidade das associações encontradas neste estudo, visando ao planejamento de ações de saúde pública mais efetivas.