Resumo
Objetivo:
Analisar a associação entre características de supervisão parental e diferentes papéis de bullying entre adolescentes escolares brasileiros.
Métodos:
Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Realização frequente de refeições com os pais ou responsáveis, conhecimento sobre o tempo livre e verificação dos deveres de casa foram as práticas parentais avaliadas. Utilizou-se regressão logística para associação entre essas práticas e bullying (perpetração e vitimização), apresentada como razão de odds (RO) e intervalos de confianças de 95% (IC95%).
Resultados:
Entre 102.072 escolares, a realização frequente de refeições com os pais ou responsáveis [ROvitim = 0,86 (IC95% 0,84;0,89); ROperp = 0,85 (IC95% 0,82;0,88)], a verificação dos deveres de casa [ROvitim = 0,95 (IC95% 0,92;0,97); ROperp= 0,76 (IC95% 0,74;0,78)] e o conhecimento dos pais ou responsáveis sobre o tempo livre dos escolares [ROperp = 0,70 (IC95% 0,68;0,73)] foram inversamente associadas ao bullying.
Conclusão:
Maior supervisão parental reduziu a chance de vitimização e perpetração do bullying entre adolescentes escolares.
Palavras-chave:
Relações Pais-Filho; Poder Familiar; Bullying; Adolescente; Estudo Observacional