Resumo
Objetivo
Analisar a frequência do uso de preservativos segundo fatores de vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis em comunidades quilombolas de Sergipe, Brasil.
Métodos
Estudo transversal descritivo, realizado entre 2016 e 2017. Utilizou-se questionário estruturado, com questões sociodemográficas e comportamentais; foram realizados testes rápidos de HIV e sífilis. Comparações entre variáveis categóricas foram realizadas pelo teste exato de Fisher.
Resultados
Entre os 367 indivíduos de 14 comunidades, a maioria apresentava baixa escolaridade (72,8%), encontrava-se sem trabalho (59,7%) e possuía parceiro sexual fixo (90,7%). Falta de acesso a insumos e informações de prevenção compuseram a vulnerabilidade programática dos indivíduos. Houve maior proporção de uso inconsistente do preservativo com parceiro fixo (90,1%), em indivíduos que relataram falta de acesso à informação (p=0,001) e uso inconsistente com parceiro eventual (p<0,001).
Conclusão
A frequência de uso do preservativo com parceiro fixo foi significativamente proporcional ao uso com parceiro eventual e ao acesso a informação preventiva.
Palavras-chave:
HIV; Sífilis; Preservativos; Vulnerabilidade em Saúde; Grupo com Ancestrais do Continente Africano; Epidemiologia Descritiva