RESUMO
Objetivo
Analisar a demanda e a ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde para os principais tipos de câncer no Brasil, de 2018 a 2021.
Métodos
Estudo transversal, descritivo, com dados do Sistema de Informação Hospitalar. Por meio do modelo de teoria de filas, foram calculados: taxa média de entrada para internação, taxa média de internação, probabilidade de sobrecarga e número médio de pessoas em fila.
Resultados
As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores taxas médias de internação, enquanto a região Norte obteve as menores taxas. A região Sudeste obteve alta probabilidade de sobrecarga de leitos cirúrgicos, principalmente São Paulo (99,0%), Minas Gerais (97,0%) e Rio de Janeiro (97,0%). São Paulo mostrou sobrecarga acima de 95,0% em todos os tipos de leitos analisados.
Conclusão
Constatou-se alta probabilidade de ocupação de leitos oncológicos no SUS, em especial os cirúrgicos e clínicos, e disparidades regionais na sobrecarga dos leitos.
Palavras-chave
Acesso aos Serviços de Saúde; Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde; Neoplasias; Pesquisa Operacional, Teoria de filas
Contribuições do estudo
Principais resultados
Constatou-se a elevada demanda por internações em leitos oncológicos na região Sudeste e alta probabilidade de sobrecarga nos estados das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, observando-se assim as iniquidades de acesso aos serviços de saúde no país.
Implicações para os serviços
Implicações para os serviços
Perspectivas
Este estudo apresenta uma metodologia para melhor alocação de recursos e gestão de fluxos de leitos cirúrgicos e clínicos, nos territórios com maior sobrecarga de leitos e regiões com baixa oferta de serviços.