Contribuições do estudo
Principais resultados
Houve heterogeneidade na distribuição das taxas de detecção das hepatites B e C entre as regionais de saúde do Paraná, com maiores taxas de detecção da hepatite B na macrorregional de saúde Oeste e da hepatite C nas macrorregionais Leste e Oeste.
Implicações para os serviços
A análise evidenciou a existência de áreas prioritárias para o direcionamento das estratégias de detecção e de prevenção das hepatites, o planejamento e a organização dos serviços, no manejo dos casos de hepatites B e C no Paraná.
Perspectivas
Torna-se necessário o fortalecimento da atuação da Atenção Básica de Saúde, por meio da capacitação dos profissionais de saúde desse nível de cuidado, com vistas à eliminação das hepatites B e C até 2030.
RESUMO
Objetivo:
analisar a distribuição e a autocorrelação espacial das taxas de detecção das hepatites B e C no estado do Paraná, Brasil.
Métodos:
estudo ecológico das notificações de hepatites B e C no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 2011-2019; estimou-se a variação percentual das taxas de detecção entre o primeiro e o último triênios do período; analisou-se a autocorrelação espacial pelo índice de Moran.
Resultados:
houve 16.699 notificações de hepatite B, com maior diminuição da detecção nas macrorregionais de saúde Norte (-30,0%) e Noroeste (-25,9%) paranaenses; foram observados clusters de alta ocorrência nas regionais de saúde de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Cascavel (2011-2019); para hepatite C, houve 10.920 notificações, com maior redução da detecção na macrorregional Noroeste (-18,9%) e aumento na Oeste (+51,1%); a regional de Paranaguá registrou cluster de alta detecção (2011-2016).
Conclusão:
as hepatites B e C apresentaram distribuição heterogênea entre regionais de saúde.
Palavras-chave:
Hepatite B; Hepatite C; Estudos Ecológicos; Análise Espacial