Resumo
Objetivo:
analisar a completitude, consistência e não duplicidade dos dados da notificação da hanseníase em João Pessoa, Paraíba, Brasil, 2001-2019.
Métodos:
estudo descritivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação; verificou-se a duplicidade (aceitável quando < 5%), completitude (grau excelente = incompletitude ≤ 5%) e consistência (excelente quando ≥ 90,0%) dos dados, utilizando-se a proporção de campos preenchidos e coerentes.
Resultados:
a amostra de 2.410 notificações apresentou duplicidade aceitável (0,3%); a completitude dos campos “baciloscopia”, “no de nervos afetados”, “contatos examinados” e “episódio reacional” foi muito ruim (mais de 50% incompletos); e a consistência entre os campos “classificação operacional” e “esquema terapêutico inicial”, excelente (99,6%), enquanto entre “classificação operacional” e “forma clínica” foi baixa (50,7%).
Conclusão:
embora a duplicidade observada fosse aceitável, a completitude de campos sobre diagnóstico e acompanhamento foi ruim, dificultando a análise epidemiológica, o reconhecimento da situação do agravo e a adoção de medidas de controle da doença.
Palavras-chave:
Hanseníase; Sistemas de Informação em Saúde; Vigilância em Saúde Pública; Epidemiologia Descritiva; Monitoramento Epidemiológico