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A causalidade formal e do ser (esse) nas etapas da constituição da entidade

Resumo

Este artigo visa explicar como deve ser entendida a relação entre a causalidade formal e esse nas etapas da constituição da entidade, de acordo com o pensamento de Tomás de Aquino. Forma e esse, que atuam em sua respectiva ordem, estão relacionados como ato e potência, o que requer uma análise detalhada que explica como é essa relação e como sua interpretação condiciona a forma de entender a constituição metafísica da entidade. Realizaremos este propósito dividindo o artigo em duas seções principais: na primeira trataremos da relação entre forma e esse como Aquino o explica no capítulo cinquenta e quatro do segundo livro da Suma contra gentios. No segundo, tentaremos articular a relação causal entre a forma e esse do ponto de vista metafísico, com base nos ensinamentos obtidos na seção anterior. Nosso objetivo é dar uma resposta que medeia entre as duas posições tradicionais que interpretaram a filosofia tomística, seja enfatizando o papel de esse sobre a forma ou, inversamente, a forma sobre esse. Este trabalho entra em um dos aspectos mais debatidos no Thomismo contemporâneo, que é a compreensão da causalidade de tal com relação à entidade e à forma. A primeira coisa que ele defende é que essa é a verdadeira causa, algo que Cornelio Fabro só timidamente trouxe à tona. Depois de justificar esta grande tese, ele propõe concretamente a forma como esta causalidade deve ser entendida, especialmente no que diz respeito à forma. Em resumo, trata-se de uma articulação entre os dois tipos de causalidade, de forma e esse, salvando a primazia que Aquino dá a este último.

Palavras-chave:
Causalidade; Forma; Esse; Thomismo; Entidade.

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