Resumo
Há uma tese de Tobias Barreto, repetida por Sílvio Romero e Antonio Paim, que afirma, primeiro, a acefalia filosófica brasileira e, segundo, a inexistência de escritos e, consequentemente, de filosofia no período colonial. Essa tese assenta-se, por um lado, na suposição da inexistência de quaisquer escritos minimamente filosóficos e dignos de tal nome durante os três primeiros séculos da colônia e, por outro, na incapacidade filosófica tupiniquim. Para contrapormo-nos à mesma, caracterizamos, na primeira parte deste artigo, quatro corpora coloniais - um jesuítico outro carmelita, um beneditino outro franciscano - e, na segunda parte, analisamos a definição de lógica subjacente aos corpora. A análise parte desta hipótese: não apenas existe a filosofia colonial brasileira quanto ela tem características da filosofia moderna cartesiana.
Palavras-chave:
Filosofia colonial; Corpora; Tobias Barreto; Filosofia brasileira