RESUMO
Objetivo: Identificar a ocorrência de presenteísmo em profissionais de saúde e a sua associação com fatores sociolaborais e de saúde.
Método: Estudo transversal, realizado de julho a outubro de 2022 com 152 profissionais de saúde de um hospital referência em COVID-19. Aplicou-se questionário semiestruturado para caracterização sociolaboral e de saúde, e a Stanford Presenteeism Scale. Utilizou-se razões de prevalência e qui-quadrado (χ2) Pearson para avaliar associações; regressão logística binária para investigar o impacto das variáveis sociolaborais no presenteísmo e regressão linear para os domínios da escala.
Resultados: Sexo feminino (65,8%), média de 32±8,59 anos, sem filhos (68,4%), da equipe de enfermagem (55,3%), sem comorbidades prévias (74,4%) ou adquiridas (87,5%). Do total, 85 (55,93%) profissionais apresentaram baixo presenteísmo. Comorbidade prévia χ2(1)=6,282;p=0,012, afastamento por adoecimento (χ2 (1)=7,787;p=0,005, R2 Negelkerke= 0,069) e uso de medicamentos (χ2 (1)=8,565;p=0,003, R2 Negelkerke= 0,077) foram preditores para baixo presenteísmo.
Conclusão: Não houve associação significativa entre as variáveis sociodemográficas e presenteísmo. Comorbidade prévia, afastamento do trabalho por motivos de saúde e o uso de medicamentos foram fatores preditores significativos para a diminuição da concentração nas atividades laborais.
Descritores: Presenteísmo; Saúde Ocupacional; COVID-19; Enfermagem