Decúbito 30º |
96,0; 100,0 (0,5360) 96,0; 100,0 (0,5360) |
Round diário com uso de checklist: Prática que assegura os melhores cuidados ao paciente crítico |
S - [...] quando você previne, que é a questão da cabeceira 30°, diminui o risco de o paciente evoluir (óbito, pneumonia). (P5) |
Tempo uso VM |
72,9; 60,2 (0,0184) 72,9; 52,9 (0,0001)
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S - Com o round e checklist preenchido diariamente você observa os parâmetros (condições clínicas) do paciente e faz a programação de retirada dos dispositivos invasivos (VM, CVC, SVD). (P1) S - O principal motivo da redução do tempo de uso dos dispositivos invasivos é o checklist diário, pois a gente se ‘obrigava’ a checar todos os itens do instrumento e avaliar a necessidade de manter. (P4) S - No round, ao conferir se o paciente tinha boa função renal, balanço hídrico equilibrado e estava sem drogas vasoativas, a gente retirava a SVD, o CVC e colocava cateter venoso periférico. (P5) S - Antigamente (antes da implantação do round) a gente tinha muita resistência da equipe (de enfermagem) para retirar SVD. (P6) C - [...] (antes da implantação do round) às vezes a gente estava preocupado com o estado geral do paciente e se ele estivesse com acesso venoso central pérvio, que não tinha sinal flogístico, a gente mantinha (CVC). (P4) C - A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH (enfermeiro e infectologista) no round divulgava as taxas de infecções associadas ao dispositivo (pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção da corrente sanguínea associadas ao cateter e infecção do trato urinário). Então, a gente conseguia fundamentar que quanto menos usasse o dispositivo, menor o risco de infecção e melhor para o paciente. (P6) |
Tempo uso CVC |
87,9; 87,9 (0,9980) 87,9; 73,8 (0,0170)
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Tempo uso SVD |
98,5; 86,2 (0,0505) 98,5; 57,3 (0,0001)
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Profilaxia TEV |
62,0; 54,6 (0,1800) 62,0; 83,8 (0,0017)
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S - A diminuição da profilaxia de TEV no segundo período é um combo: 1º - equívoco humano passou despercebido e isso temos que ter humildade para falar; 2º - talvez um período que tenhamos mais pacientes neurocríticos, isso porque na fase inicial não se faz a profilaxia, e acaba ficando no esquecimento; 3º - preenchimento do checklist apenas três vezes por semana. (P7) C - Quando você observava que a profilaxia de TEV não estava sendo feita, durante o round (no 3º período do estudo) já perguntava: e a enoxaparina? Então corrigia-se aquilo que estava falho. (P5) |
Profilaxia úlcera gástrica |
95,8; 95,6 (0,9800) 95,8; 93,0 (0,6600) |
S - A discreta redução da profilaxia de úlcera gástrica pode ser falha em readequar a prescrição médica conforme os itens e metas elencadas no checklist durante o round. (P6) S - Se o paciente está com alvo da dieta adequada e alcançou a meta calórica, talvez não seja necessário o inibidor de bomba. Mas a diminuição da profilaxia pode ser pelo fator humano, esquecimento mesmo. (P7) C - Sobre a diminuição da profilaxia de úlcera gástrica não vou saber responder. (P2, P4) |
Nutrição adequada |
72,5; 69,5 (0,5870) 72,5; 78,6 (0,2800) |
S - A nutrição é o primeiro item terapêutico da prescrição médica, não é enfeite, tem que ser iniciado o mais precoce possível. Mas a diminuição da nutrição no segundo período pode ser três motivos: 1º - o cirurgião (para os pacientes cirúrgicos) entende que se tem que começar um pouco mais tarde; 2º - esquecimento; 3º - suspensão da dieta após retorno de resíduo gástrico pela sonda nasogástrica. (P7) S - O checklist diário é muito importante, pois observo se vai iniciar a dieta precoce, se está alcançando a meta calórica, se está conseguindo tolerar bem, se o paciente não está abrindo a sonda (nasogástrica) e isso traz um benefício enorme. (P3) |
Analgesia |
80,3; 64,4 (0,0046) 80,3; 80,2 (0,9837) |
S - Na UTI o paciente não pode sentir dor, mas se eu tenho condição de avaliar por escala de dor que ele não precisa usar o analgésico, ele não vai usar o analgésico. (P7) C - Quando não tinha analgésico prescrito eu conversava com o intensivista e ele falava que no exame físico, se o paciente não tinha expressão de dor, ele optava por não prescrever. (P4) |
Antimicrobiano |
81,8; 71,2 (0,0662) 81,8; 74,9 (0,2367) |
S - Hoje não utilizamos período de antibiótico para a patologia. Preciso avaliar diariamente se é necessário mais um dia ou não e isso reduziu o uso indiscriminado. (P6) S - [...] união de forças, você tem o intensivista, a CCIH, tudo embasado pela medicina baseada em evidências. Você racionaliza o uso de antibióticos. (P7) S - [...] se o paciente está evoluindo bem e sem febre, eu vou descalonar o antibiótico com segurança, para não selecionar flora microbiana. (P5) S - Antes do round, percebemos o uso indiscriminado de polimixina (P2); [...] o uso de antibiótico de amplo espectro, como a polimixina era igual ‘água’ aqui. (P7) C - Os profissionais não tinham paciência de contar os dias de uso de antibiótico, de conferir a cultura, de observar se já tinha 48 horas sem febre para suspender. A proposta da participação da CCIH no round foi muito boa. (P5) C - Era uma ‘briga’ sobre os antibióticos. Um médico iniciava pela manhã, o outro trocava a tarde, mas melhorou com a presença da infectologista no round. (P2) |
Sedação leve |
10,8; 9,9 (0,4130) 10,8; 37,9 (0,0001)
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S - A sedação leve é a meta que busco desde que assumi a UTI (abril de 2018) e para manter a sedação cooperativa, precisa de uma equipe muito bem treinada. (P7) |
Controle glicemia |
99,4; 98,0 (0,8370) 99,4; 100,0 (0,9230) |
S - A discreta diminuição do controle glicêmico no segundo período refere-se à curva de conhecimento maior. Existe protocolo, mas muitos colegas (médicos) não se atentam. No terceiro período a gente iniciou insulina NPH e isso modificou o perfil glicêmico. (P7) |
Round e checklists
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Round com uso de checklist: estratégia de cuidado que incrementa a satisfação no trabalho da equipe multidisciplinar |
S - O round junto com o checklist para mim era um sonho [...], percebia que faltava empoderamento das outras profissões. Então, acredito que essa é a oportunidade para expressar opinião e ter poder de ação. (P1) S - A gente gosta de ter o round porque ficamos atualizados sobre todos os pacientes. O foco não é só na nossa área, então aprendemos muito. (P2) S - É o momento (round) que todos os profissionais estão juntos, trocam informações e enriquece a conduta de cada um. (P4) S - Eu vejo que todo profissional fica feliz, satisfeito de estar lá (round), de dar o melhor que pode e assistir o paciente para que ele tenha uma recuperação rápida. Esse trabalho conjunto agrega muito. (P3) S - Quando a gente faz o preenchimento do checklist durante a visita, você se sente mais seguro, porque todos os itens foram verificados, como medicação, alimentação e fisioterapia. Isso traz satisfação e segurança. (P2) C - No nosso caso, o médico (intensivista responsável) gostou muito e por isso, implementou o round com o checklist. (P2) |