Open-access Características da rede social de apoio ineficaz: revisão integrativa

Características de la red social de apoyo ineficaz: revisión integrativa

Resumo

OBJETIVO  Avaliar as características da rede social de apoio ineficaz evidenciadas em sua estrutura, funcionalidade e dinâmica.

MÉTODO  Revisão integrativa, realizada em dezembro de 2017, nas bases Scopus, CINAHL, Web of Science, CUIDEN, BDENF, Lilacs e biblioteca SciELO por meio de combinações entre descritores - Rede Social, Redes Sociais, Apoio Social, Redes de Apoio Social e o termo “ineficaz”-, encontrando-se 2.012 publicações e 24 compuseram a amostra. A análise dos resultados foi alicerçada nas dimensões da Rede Social de apoio.

RESULTADOS  Na dimensão estrutural, observaram-se características referentes à amplitude, densidade da rede e fragilidade dos laços; na funcional, o não cumprimento da função de apoio social em diferentes ocasiões; na dinâmica, conflitos e situações inesperadas interferiram negativamente.

CONCLUSÃO  A avaliação das características de rede social de apoio ineficaz permite melhor compreensão das relações e instrumentaliza enfermeiros na mobilização dessas redes direcionada ao bem-estar da pessoa, família e coletividade.

Palavras-chave: Rede social; Apoio social; Enfermagem; Diagnóstico de enfermagem; Processo de enfermagem; Educação em saúde

Resumen

OBJETIVO  Evaluar las características de la red social de apoyo ineficaz evidenciadas en su estructura, funcionalidad y dinámica.

MÉTODO  Revisión integradora, realizada en diciembre de 2017, en las bases Scopus, CINAHL, Web of Science, CUIDEN, BDENF, Lilacs y biblioteca SciELO, por medio de combinaciones entre descriptores - Red Social, Redes Sociales, Apoyo Social, Redes de Apoyo Social y el término “ineficaz” -, encontrándose 2012 publicaciones y 24 compusieron la muestra. El análisis de los resultados se basó en las dimensiones de la Red Social de apoyo.

RESULTADOS  En la dimensión estructural, se observaron características referentes a la amplitud, densidad de la red y fragilidad de los lazos. En la funcional, el no cumplimiento de la función de apoyo social en diferentes ocasiones fue evidenciado. En la dinámica,conflictos y situaciones inesperadas interfirieron negativamente.

CONCLUSIÓN  La evaluación de las características de red social de apoyo ineficaz permite una mejor comprensión de sus relaciones e instrumentaliza a los enfermeros en la movilización de esas redes dirigidas al bienestar de la persona, familia y colectividad.

Palabras clave: Red social; Apoyo social; Enfermería; Diagnóstico de enfermería; Proceso de enfermería; Educación en salud

Abstract

OBJECTIVE  To evaluate the characteristics of the ineffective social support network evidenced in its structure, functionality and dynamics.

METHOD  Integrative review, carried out in December 2017, in the bases Scopus, CINAHL, Web of Science, CUIDEN, BDENF, Lilacs and SciELO library by means of combinations between keywords/descriptors - Social Network, Social Networks, Social Support, Social Support Networks and the term "ineffective", finding 2012 publications and 24 composed the sample. The analysis of the results was based on the dimensions of the Social Support Network.

RESULTS  In the structural dimension, it was observed characteristics related to the amplitude, density of the network and fragility of the bonds; in the functional, the non-fulfillment of the function of social support in different occasions; and in the dynamics, conflicts and unexpected situations interfered negatively.

CONCLUSION  The evaluation of the characteristics of the ineffective social support network allows a better understanding of their relationships and instrumentalizes nurses in the mobilization of these networks directed to the well-being of the person, family and community.

Keywords: Social networking; Social support; Nursing; Nursing diagnosis; Nursing process; Health education

Introdução

As redes sociais de uma pessoa correspondem aos contatos interpessoais, responsáveis por manter a sua identidade social. Também dão forma às relações sociais e são classificadas em redes primárias - representadas por laços de família, parentesco, amizade, vizinhança e trabalho - e em redes secundárias. Estas podem ser formais - constituídas por laços com instituições e organizações - e informais - estabelecidas pela ligação entre pessoas para responder a uma necessidade imediata1.

As redes sociais, primárias ou secundárias, apresentam três dimensões: estrutura, funções e dinâmica. A estrutura consiste no conjunto de laços que se estabelecem entre pessoas e entre redes, e o acionamento desses laços gera conexões que conferem o formato da rede. Nessa dimensão, observa-se o tamanho da rede, que se refere à quantidade de indivíduos que interagem entre si; a densidade da rede, determinante do grau em que as relações entre os atores sociais são interligadas; a composição da rede engloba a classificação do tipo de laços; e a homogeneidade representa a proporção de vínculos. As funções desempenhadas pela rede são intermediadas pela estrutura, e são definidas como suporte e contenção. A dinâmica das redes é realizada pelos movimentos de informações e forças internas, que convergem em pontos de maior carga e são redistribuídos1-2.

A rede social de apoio pode ser avaliada pelo enfermeiro a partir de um indivíduo focal e, por meio dele, identificar seus laços sociais - rede egocêntrica; ou um grupo de indivíduos e as relações existentes entre eles - rede completa3. O enfermeiro e/ou o profissional da saúde pode distinguir as redes sociais das pessoas a quem presta cuidado de ambas as formas, no entanto, uma análise de rede egocêntrica pode permitir a compreensão mais ampla tanto da estrutura quanto da função de apoio dessas redes.

Esse apoio social é imprescindível no cuidado, uma vez que o ser humano necessita de relações interpessoais, integra uma rede social de apoio e a aciona para enfrentamento e resolução de situações diversas em sua vida4. Tal ajuda pode ser entendida em seu caráter de apoio recebido e apoio percebido. O recebido é aquele fornecido pela rede ao destinatário, já o percebido reflete a percepção do destinatário quanto à disponibilidade e satisfação com o apoio5, e está mais intimamente relacionado aos resultados de saúde6, e, portanto, faz-se necessário o envolvimento da enfermagem na busca deste objetivo.

Nem sempre a rede social de apoio tem o efeito esperado, pois uma rede com poucos membros pode ter limitada possibilidade de atender às necessidades da pessoa7; a rede social que oferece apoio inadequado, através de conselhos e informações inapropriados pode trazer riscos à pessoa8; e nas situações em que os integrantes da rede não reconhecem sua função de apoiadores9. O enfermeiro deve estar atento para identificar situações como estas e desenvolver estratégias para estabelecimento e fortalecimento dos vínculos, e ações de educação em saúde compartilhadas.

A compreensão das interações da rede social de apoio permite também que o enfermeiro realize uma autoanálise das suas competências e habilidades, como ser integrante da rede social secundária da pessoa. Isso proporciona a corresponsabilização traduzida num cuidado integral e contínuo, com acionamento, quando necessário, dos diferentes setores institucionais em prol do atendimento às necessidades dos seus clientes.

Embora seja necessário considerar as características positivas das redes sociais de apoio, a estrutura dessas redes, bem como as relações e interações sociais que ocorrem podem funcionar negativamente, causando estresse e conflitos ao prover uma ajuda ineficaz10. Nesse sentido, apreender situações em que a rede social é descrita como ineficaz nas dimensões estrutural, dinâmica e funcional pode contribuir com o planejamento de estratégias efetivas para diagnosticar e intervir nesses casos. Assim, a presente revisão objetiva avaliar as características da rede social de apoio ineficaz evidenciadas em sua estrutura, funcionalidade e dinâmica.

Método

A revisão integrativa é um método de pesquisa que facilita a incorporação de evidências científicas na prática11. O referencial metodológico seguido foi o proposto por Whittemore e Knafl12, constituído por seis passos: 1- identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a elaboração da revisão integrativa; 2-estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; 3-definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização dos estudos; 4-avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5-interpretação e discussão dos resultados; 6-apresentação da revisão.

No primeiro passo, foi definida a seguinte questão de pesquisa: “Como a rede social de apoio ineficaz tem sido descrita na literatura quanto à sua estrutura, funções e dinâmica?” Os critérios de inclusão determinados no segundo passo foram: artigos originais disponíveis na íntegra em português, inglês e espanhol, que abordassem a rede social de apoio ineficaz, e respondessem a questão de pesquisa. Artigos de revisão narrativa, sistemática ou integrativa, editoriais, cartas ao leitor, notícias, teses, dissertações e anais de eventos científicos foram excluídos. Não houve recorte temporal para captação de um número maior de publicações.

O cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e seus correspondentes em inglês e espanhol Rede Social / Redes Sociais/ Apoio Social / Redes de Apoio Social foi realizado utilizando-se o operador booleano “OR”, e estes foram cruzados com o termo “ineficaz” empregando o operador booleano “AND” nas bases de dados CUIDEN, BDENF, Lilacs; e na biblioteca SciELO. Na busca nas bases de dados CINAHL, Scopus e Web of Science foi feito o cruzamento dos MeSH Terms Social Network OR Social Networks OR Social Support AND Ineffective.

A busca e a seleção dos estudos ocorreram em dezembro de 2017, resultando em 2012 publicações encontradas nas seis bases e na biblioteca virtual mencionadas. Em todas elas, os títulos e resumos foram lidos, sendo excluídos os que não atendiam aos critérios de inclusão. Foram pré-selecionados 112 para leitura na íntegra. Destes, na base Scopus, 19 foram excluídos por abordarem outras temáticas, um pela indisponibilidade de acesso em um dos idiomas determinados para este estudo, e três estavam duplicados, em mais de uma base; na CINAHL, 13 estudos não respondiam à pergunta de pesquisa; todos os artigos da base BDENF e Biblioteca SciELO, não apresentavam correlação com a pergunta dessa revisão; na Web of Science e CUIDEN, 36 e 16 artigos foram eliminados, respectivamente, por não responderem à questão de pesquisa. Na base Lilacs não foram encontrados estudos que correspondessem à pesquisa. Deste modo, 24 artigos compuseram a amostra final (Quadro 1). Para melhor clareza quanto à busca e os motivos de exclusão das publicações, apresenta-se um fluxograma, adaptado da Recomendação PRISMA - Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises13 (Figura 1).

Quadro 1:
Seleção dos estudos para a revisão integrativa

Figura 1:
Fluxograma de busca e seleção dos artigos, adaptado de PRISMA13

Os 24 estudos foram lidos minuciosamente e, para extração dos dados, empregou-se um instrumento elaborado e refinado por meio da avaliação de sua clareza, abrangência, facilidade de compreensão, extensão e forma de apresentação, por três juízes com experiência no método de revisão integrativa14. O instrumento consiste numa lista de dados relevantes a serem extraídos dos estudos, com itens referentes à identificação do artigo, referencial teórico/metodológico, características metodológicas, análise dos dados, resultados, conclusões, implicações para a enfermagem, presença de viés e nível de evidência científica de acordo com a classificação de Melnyk e Fineout-Overholt15.

Também foi verificado o rigor metodológico utilizando a ferramenta Critical Appraisal Skills Programme (CASP)16 específica para cada tipo de estudo, que contém dez itens pontuados de 0 a 1. Os 24 artigos foram classificados de acordo com a pontuação obtida: A (6 a 10) possui viés reduzido, indicado para compor a amostra final da revisão; B (0 a 5) caracterizado de baixo rigor metodológico.

A organização e a discussão das informações evidenciadas nos estudos sobre rede social de apoio ineficaz foram centradas nas dimensões: estrutural, que se refere ao conjunto de laços estabelecidos entre as pessoas e que confere o formato da rede; funcional, representa as trocas de apoio e contenção que ocorrem; dinâmica, compreende a circulação de informações e redistribuição das forças nos pontos de maior tensão - referenciadas pela Teoria de Rede social de Sanicola1. Estas dimensões serão discutidas de maneira separadas, para que todas as características evidenciadas sejam avaliadas, à luz do referencial teórico escolhido.

Resultados

A maioria dos artigos selecionados (15), foi encontrada na base de dados CUIDEN17-31; na Scopus três32-34; na Web of Science quatro35-38 e na CINAHL dois39-40. O idioma predominante foi o português (16), sendo todos originados no Brasil18-31,39-40. Os demais, oito estudos, foram escritos no idioma inglês17,32-38, tendo como país de origem EUA, com duas publicações34-35, África do Sul36, Nova Zelândia32, Inglaterra33, Chile17, Canadá37, e Turquia38 cada um deles com um artigo.

O ano de edição variou entre 1984 a 2017, sendo a maior parte deles (20) publicados a partir de 201017-29,31-32,35-36,38-40 e os anos com maior quantidade de artigos foram 201421-24) e 201518-20,32 com quatro estudos em cada. A área de formação da maioria dos autores principais dos estudos foi a Enfermagem17-31,37,39-40) (18), seguido de psicologia34-35,38 com três estudos. Houve também um autor da área médica36, um das ciências sociais33 um da comunicação32.

Os artigos selecionados, predominantemente, seguiram o método qualitativo18-28,30-33,35-40) (21), e três, o quantitativo17,29,34. O nível de evidência15 de todos eles foi o nível 617-40. Todos os artigos foram classificados como A por apresentar bom rigor metodológico16, cuja pontuação resultou em 10 pontos para sete dos artigos17-19,21,24,37,39, nove pontos para onze deles20,22,25-26,28-30,32,35-36,40, e os demais, seis estudos23,31,33-34,37-38 obtiveram oito pontos.

A maioria dos estudos (20) abordou tanto a rede primária quanto secundária18-26,29-37,39-40. Outros três relataram eventos concernentes apenas a rede primária17,28,38 e um exclusivamente a rede secundária27.

A dimensão estrutural das redes foi contextualizada em dez estudos17-18,21-22,25,28,31,34-35,37; 15 apresentaram características referentes à dimensão funcional20,24-27,29-33,36-40; e 14 exibiram indicadores da dimensão dinâmica19,23,25-26,29,31-35,37-40). As características mais encontradas estavam relacionadas às relações frágeis, rompidas ou inexistentes22,27,34-35,37, presentes na dimensão estrutural; inadequação entre a oferta de apoio e a demanda26,30,36-37, da dimensão funcional.

Entre os estudos, apenas três evidenciaram características envolvendo as três dimensões da rede social25,31,37. Outros abordaram apenas uma das dimensões, sendo que cinco deles exclusivamente a dimensão estrutural17-18,21-22,28, cinco a dimensão funcional20,24,27,30,36, e dois unicamente a dimensão dinâmica19,23. Dos demais estudos, sete relacionaram fatores pertencentes às dimensões funcional e dinâmica26,29,32-33,38-40, e dois às dimensões estrutural e dinâmica34-35 (Quadro 2).

Quadro 2:
Características de Rede social de apoio ineficaz encontradas nos estudos

Discussão

A análise dos artigos selecionados permite constatar que no Brasil têm sido realizados estudos de qualidade metodológica sobre rede social, e estes foram localizados na base de dados CUIDEN, na qual estão indexados relevantes periódicos de Enfermagem do país citado, possibilitando a divulgação do conhecimento científico produzido a partir da atuação dos enfermeiros na temática.

O maior número de artigos utilizou o método qualitativo, como era o esperado, uma vez que as relações interpessoais que ocorrem dentro das redes são melhor apreendidas em estudos que permitem compreender e interpretar fenômenos relacionados a vivências e ação social41. Ressalta-se que as pesquisas qualitativas respondem às questões hermenêuticas e não têm a pretensão de oferecer explicações exatas, de ordem numérica. As evidências científicas qualitativas estão centradas na apreensão das vivências individuais e coletiva compartilhadas, as quais permitem explicar à práxis da pessoa, revelada na complexa tarefa humana de tentar entender o outro para poder ajudá-lo42) - sendo esse o objetivo das pesquisas com rede social.

Os estudos trataram da investigação tanto das redes primárias quanto secundárias, contudo, a quantidade de características de rede social ineficaz nas redes secundárias foi menos numerosa, provavelmente, devido ao fato das relações sociais mais significativas serem em geral estabelecidas com a rede primária, assim, sua ineficácia é sentida mais intensamente pela pessoa. As redes secundárias evidenciadas foram os serviços e as instituições de saúde, na ótica do não atendimento às necessidades apresentadas pelos clientes.

A avaliação das características da rede social de apoio ineficaz concernentes as três dimensões da rede social descritas por Sanicola1 - estrutural, funcional e dinâmica - serão abordadas a seguir.

Dimensão estrutural

A ineficácia relacionada ao tamanho das redes foi abordada em alguns estudos17-18,22,27,31,34, sendo que em quatro deles percebeu-se a negatividade das redes compostas por um número reduzido de participantes17-18,22,27, e em um outro34 a rede mais ampla, com mais integrantes. Na prática, as redes médias são mais efetivas do que as pequenas e as numerosas em pessoas. Nas amplas redes, a grande quantidade de integrantes pode gerar uma impessoalidade e a impressão de que alguém já pode ter assumido o cuidado da pessoa; nas redes pequenas por sua vez, é possível a sobrecarga dos poucos membros e a tensão de longa duração, que afasta as pessoas que não querem se envolver e apoiar43.

Esse envolvimento pode surgir também das relações entre os demais membros da rede, independente da pessoa, sendo referida como densidade, que reflete a trama de relações entre os demais atores da rede e a baixa interação entre eles pode reduzir o seu efeito cotejador. Tal efeito permite que os integrantes da rede discutam entre si as situações da vida da pessoa, por exemplo, uma mudança de hábito repentina que pode inspirar cuidados43. Essa problemática da baixa densidade das redes foi verificada nos estudos de Vieira18) e Braga22. Outro fator pertinente à densidade da rede é a dispersão21,35, que contempla a distância geográfica entre os membros, afetando o acesso ao apoio, bem como a eficácia de atuação rápida em situações de crise.

A ineficácia da rede social de apoio quanto à composição pode ser demonstrada por meio das relações frágeis, rompidas ou inexistentes22,27,34-35,37, e também nos casos em que há maior frequência de contatos com relações menos íntimas34,37) em detrimento das estabelecidas (ou não) com amigos e familiares. A diversificação dessa composição é importante para uma melhor flexibilidade e atendimento mais efetivo das necessidades43. É fundamental que haja o intercâmbio de informações e forças entre os círculos da rede, portanto, ter laços constituídos apenas com pessoas de características homogêneas ou do mesmo grupo social é uma característica que a define como ineficaz.

Essa conformação estrutural da rede social, que envolve os membros participantes e a qualidade dos laços estabelecidos entre eles; distância/proximidade afetiva e física; densidade; amplitude; homogeneidade; relações existentes entre a rede primária e secundária, deve ser adequadamente identificada e reconhecida, pelo enfermeiro ou outro profissional, que não tente sobrepor suas convicções à rede. Esse reconhecimento compartilhado proporciona o entendimento dos acontecimentos e a possível atribuição desses fatos à própria conformação da rede social, podendo ser um ponto de partida na busca de soluções em conjunto1.

No caso de redes secundárias formais, a organização incipiente das instituições para atender as necessidades dos clientes25,30,33,37) foi identificada, pois a articulação em rede dos serviços de saúde e demais setores de atendimento às demandas da população é necessária para garantir o acesso e a continuidade do cuidado ao cliente, família e coletividade44.

Dimensão funcional

As funções das redes refletem o intercâmbio interpessoal que ocorre nas relações sociais, as quais podem ser verificadas quando são realizadas as trocas de apoio e também por ações que permitem efeito contrário do que se quer alcançar por meio da contenção43. Assim, coagir a pessoa a ter determinado comportamento24, ainda que seja aparentemente para o seu bem, é classificado como um apoio negativo e ineficaz45-46.

Atitudes de pressionar a determinados comportamentos considerados positivos podem ser advindas tanto dos membros da rede social primária quanto dos enfermeiros e demais profissionais responsáveis pelo cuidado. Uma das maneiras de debelar esse comportamento é estar disposto a criar vínculos para conhecer e respeitar o cotidiano e a cultura das famílias e redes sociais, identificando fragilidades e potencialidades. A partir dessa inserção no contexto da rede social e da responsabilidade mútua entre profissional-usuário, pode-se buscar em conjunto o bem-estar, sem regras e imposições, mas construindo o cuidado humanizado47.

O provimento de apoio informativo - oferecimento de conselhos e sugestões referentes ao desempenho da pessoa48 - inadequado ou insuficiente24,37,39) pode dificultar o entendimento da real situação e prejudicar o enfrentamento da situação adversa25,49. Esse apoio, enquanto função da rede, pode ser decisivo nos resultados de saúde das pessoas, por exemplo - uma mãe no processo de amamentação do seu primeiro filho precisa das informações e conselhos de pessoas de sua rede - quando essas ações contêm mitos e tabus podem ser transformadas em apoio ineficaz.

Quando a rede negligencia as necessidades da pessoa20,25,40 ou não se mostra disponível para oferecer apoio social25,33,37, seja ele emocional na rede primária30) com demonstrações de empatia que geram sentimentos de pertença, ou acolhimento nas redes secundárias28, pode ser caracterizada como ineficaz, pois, reflete a fragilização dos vínculos pessoais e institucionais e a falta de interesse pela demanda do outro50. Se o apoio for oferecido de forma não espontânea26, a pessoa pode abstrair aquela situação como um incômodo e se negar a receber a ajuda, visto que a partir das interações que acontecem os indivíduos tomam decisões sobre a sua conduta51.

A inadequação entre a oferta e a demanda de apoio25,30,36-37 é evidenciada em situações nas quais o apoio oferecido não atende às expectativas da pessoa, seja pelo fato de não haver sincronia na visão do problema, e/ou por objetivos diferentes quanto ao apoio. Isto pode acontecer quando uma pessoa deseja receber apoio emocional sem críticas, mas a rede social insiste na sua mudança de comportamento37. Tal situação pode levar a um impasse que gere até mesmo rompimento de relações, pois a pessoa necessita e espera o sentimento de ser apoiado e de pertencer ao grupo, no entanto, a sua rede não atende às expectativas.

No contexto da dimensão funcional da rede social de apoio ineficaz, cabe ao enfermeiro identificar os membros que prestam algum tipo de ajuda, ou de contenção, e se estes são capazes de suprir todo apoio demandado ou estão sobrecarregados. Também é necessário verificar o grau de simetria das relações, os tipos de apoio oferecidos, sua relevância e qualidade, bem como seus efeitos na autoestima e psicológico da pessoa1. A partir disso, o profissional pode planejar a assistência com o propósito de fortalecer os vínculos existentes, trabalhar em conjunto para superar atitudes negativas, e ativar outras possíveis fontes de apoio.

Dimensão dinâmica

A dinâmica das redes refere-se ao movimento de forças que se distribuem e redistribuem na trama das relações sociais no fluxo contínuo dos pontos de maior tensão, e são deslocadas devido a acontecimentos e conflitos1. Assim, a sobrecarga do cuidador principal25-27,40 causa uma alteração na dinâmica das redes que pode confluir tanto à reorganização das forças para que outros atores assumam a responsabilidade, quanto ao abandono da pessoa que necessita do cuidado.

Situações inesperadas, como mudança de função de algum integrante, podem ocorrer no momento em que uma pessoa que prestava os apoios emocional e instrumental, passa a oferecer somente o apoio emocional33. Essa transformação pode alterar a dinâmica das redes no sentido do não fornecimento de um apoio com o qual antes se podia contar.

A invasão da privacidade32,35,37-38 e o preconceito19,23,26,40 de membros da rede relacionado à situação da pessoa que necessita do apoio pode decorrer de rejeição após o diagnóstico do problema26 ou pelo estigma intrincado a determinadas condições. Tal atitude desencadeia a falta de comprometimento com o outro, o afastamento das pessoas e dispersão de forças que deveriam ser direcionadas a resolução ou amenização do problema apresentado.

Eventos críticos que podem vir a acontecer - conflitos entre membros da rede37-38 - levam a desgaste ou rupturas de relações, o que torna evidente a interligação das dimensões da rede, pois uma alteração na dinâmica modifica a estrutura que por sua vez modela a funcionalidade.

A análise da dinâmica da rede social pressupõe que o enfermeiro tenha sensibilidade para entender o significado atribuído às diversas relações, e a compreensão dos movimentos entre o individualismo e a partilha de necessidades. Ao conhecer o cotidiano da rede, ele pode identificar a localização e distribuição das forças existentes, que possibilitam a redefinição da rede frente a possíveis eventos críticos1.

Os acontecimentos cotidianos e excepcionais que se produzem nas redes lhe conferem o caráter mutável, dinâmico e circular. Devido a essa característica, as redes podem ser mobilizadas e os laços fortalecidos em busca de novas funcionalidades e da corresponsabilização pela demanda do outro.

Esse atributo permite ao enfermeiro, inicialmente se reconhecer como membro da rede social secundária da pessoa a quem cuida, e ser atuante no oferecimento do apoio necessário, contribuindo para a sua autonomia. Mais do que integrante da rede, o enfermeiro pode ser um mobilizador das redes primárias e secundárias. Ao identificar indicadores de uma rede social ineficaz nas dimensões estrutural, funcional e dinâmica, ele pode promover as relações interpessoais da pessoa, família e coletividade na realização do cuidado integral.

Considerações Finais

Os indicadores de rede social ineficaz, descritos na literatura analisada, envolveram a dimensão estrutural da rede, denotando situações referentes ao seu tamanho, densidade, composição e homogeneidade, fragilidade dos laços e organização incipiente das redes secundárias; na dimensão funcional foi percebido o fornecimento de apoio social inadequado, insuficiente ou não correspondente às expectativas da pessoa, como também a falta de acolhimento nos serviços de saúde, e encorajamento de comportamentos de risco; a dimensão da dinâmica das redes sociais de apoio ineficaz apresentou características de sobrecarga do cuidador principal, preconceito, invasão de privacidade e mudanças nas funções de apoio de alguns membros.

Os enfermeiros e demais profissionais da saúde, no cuidado a pessoa, família e coletividade devem estar atentos à ineficácia da rede social, que pode levar ao agravamento ou perduração da condição negativa à vida. Esse estudo contribui instrumentalizando-os com informações chave para que, a partir do reconhecimento da rede social ineficaz, possa desenvolver ações de fortalecimento dos vínculos e intervenções educacionais para alcançar resultados saudáveis.

Tais eventos encontrados na literatura podem ser entendidos como antecedentes ou consequentes do fenômeno de enfermagem denominado Rede social de apoio ineficaz, relevante por sua interferência no cuidado, e necessário ser adequadamente reconhecido e qualificado. Os dados dessa revisão reúnem características que podem servir como base para o ensino do processo de enfermagem centrado no contexto social, e para futuras pesquisas na temática, que levem em consideração também o caráter e repercussões negativas das redes sociais.

Assim, são recomendados estudos que contribuam para uma identificação adequada do fenômeno de enfermagem rede social de apoio ineficaz, a exemplo de pesquisas para validação diagnóstica, que são essenciais ao processo de enfermagem ao contribuir para a segunda etapa, a qual é base para o desenvolvimento de intervenções de enfermagem adequadas e relevantes às reais necessidades dos atores da rede social de apoio.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Out 2018
  • Data do Fascículo
    2018

Histórico

  • Recebido
    25 Jan 2018
  • Aceito
    02 Jul 2018
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