Resumo
OBJETIVO Analisar o Projeto Terapêutico Singular e o Processo de Enfermagem quanto as suas especificidades e pontos de interseções, na perspectiva do cuidado interdisciplinar.
MÉTODO Revisão integrativa da literatura de artigos disponíveis nas bases de dados Lilacs, SciELO, MEDLINE e PubMed, em português, inglês e espanhol, publicados no período de 2005 a 2015.
RESULTADOS Foram identificados 23 artigos. Destes, 17 sobre o Processo de Enfermagem, seis sobre o Projeto Terapêutico Singular e um sobre residência multiprofissional. Da análise identificaram-se as suas especificidades e pontos de interseções que descrevem o alinhamento e similaridades entre os mesmos, nos serviços de atenção básica e saúde mental.
CONCLUSÕES O Projeto Terapêutico Singular e o Processo de Enfermagem se alinham nas práticas de saúde nos serviços de atenção básica e saúde mental. A residência multiprofissional possibilita esse alinhamento dos mesmos, e o enfermeiro contribui para o cuidado interdisciplinar justamento com o processo de enfermagem.
Palavras-chave: Processo de enfermagem; Atenção à saúde. Estratégia saúde da família; Avaliação de programas e projetos de saúde; Desenvolvimento de pessoal.
Resumen
OBJETIVO Analizar el Proyecto Singular Terapéutico y el Proceso de Enfermería como sus características específicas y puntos de intersecciones, desde la perspectiva de la atencíon interdisciplinaria.
MÉTODO Revisión integradora de los artículos disponibles en las bases de datos LILACS, SciELO, MEDLINE y PubMed, en portugués, Inglés y Español, publicado en el período 2005-2015.
RESULTADOS Se identificaron 23 artículos. De éstos, 17 del proceso de enfermería, seis en el Proyecto Singular Terapéutico y uno residência multiprofesional. El análisis identificó si sus especificidades y puntos de intersecciones que describen la alineación y similitudes entre ellos en la atención primaria de salud y salud mental.
CONCLUSIONES El Proyecto Singular Terapéutico y el Proceso de Enfermería se alinean en las prácticas de salud en la atención primaria de salud y salud mental. La residência multiprofesional permite esta alineación de los mismos, y la enfermera contribuye a la atención interdisciplinaria desde justo al PE.
Palabras clave: Proceso de enfermería; Atención a la salud; Estrategia de salud familiar; Evaluación de programas y proyectos de salud; Desarrollo de personal.
Abstract
OBJECTIVE To analyze the single therapeutic project and the nursing process regarding its specificities and intersection points from the interdisciplinary care perspective. METHODIntegrative review of the literature from articles available in the Lilacs, SciELO, MEDLINE and PubMed databases, published in Portuguese, English and Spanish from 2005 to 2015.
RESULTS It was identified 23 articles. From these, 17 on the nursing process, six on the single therapeutic project and one about multiprofessional residency. From the analysis, their specificities and intersection points that describe the alignment and similarities between them were identified in the primary and mental health cares.
CONCLUSIONS The single therapeutic project and the nursing process are aligned in health practices in primary and mental health cares. The multiprofessional residency allows this alignment among them, and the nurse contributes to the interdisciplinary care with the nursing process.
Keywords: Nursing process; Health care; Family health strategy; Program evaluation; Staff development
INTRODUÇÃO
A trajetória de construção do Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo dos anos, demonstra que o conceito de saúde foi ampliado, e que as ações em saúde foram expandidas com o propósito de contemplar intervenções capazes de garantir a integralidade da assistência à saúde. Observou-se que para possibilitar a integralidade da assistência à saúde seria necessário integrar diferentes profissionais aos diversos serviços e níveis de atenção à saúde, e assim ampliar as possibilidades de atenção à saúde numa perspectiva de cuidado interdisciplinar1. A interdisciplinaridade no cuidado em saúde se expressa através da integração e da articulação de diferentes saberes e práticas capaz de produzir intervenções em comum, não deixando de valorizar o conhecimento e as atribuições das diferentes categorias profissionais1.
Esse contexto, implicou na reorganização da operacionalização do sistema de saúde, com a criação do Programa Saúde da Família (PSF), atualmente Estratégia Saúde da Família, a partir da atenção básica, tornando necessária a qualificação na formação profissional2. As possibilidades de atuação de diversos profissionais da saúde demandam habilidades que indicam a necessidade de formação permanente. Nesta perspectiva, visualizou-se a importância da Política de Educação Permanente em Saúde para a formação de profissionais para atuarem no SUS, alicerçada na possibilidade de transformar as práticas profissionais3.
Assim, foi criada as residências multiprofissional em saúde, com o objetivo de possibilitar a reorientação da formação destes profissionais, por meio do ensino em serviço4. A residência multiprofissional tem como uma de suas características a de desenvolver intervenções ampliadas de cuidado, superando fragilidades na formação de graduação e consolidando as diretrizes do SUS, fortemente alicerçada nos princípios da integralidade, universalidade de acesso aos serviços de saúde e igualdade da assistência à saúde, de forma a atender as necessidades de saúde da população5-6.
Nesta lógica, observa-se que as propostas das residências multiprofissionais são iniciativas voltadas à humanização em saúde, sendo uma estratégia às práticas de atenção e de gestão nos serviços de saúde pública, visto que promove a reorientação dessas práticas pautadas nas redes de diálogo entre o ensino, serviço de saúde e comunidade4,7.
Neste contexto, o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é adotado como um dispositivo de cuidado que se insere no contexto interdisciplinar para intervenções centralizadas nas necessidades de saúde dos sujeitos em seu contexto social8-9. Este dispositivo é utilizado como estratégia na reorganização do processo de trabalho de equipes de saúde, nos diferentes níveis de atenção, assim como no contexto das residências multiprofissionais em saúde, além de estabelecer interconexões dos serviços dentro da rede de atenção com vistas à integralidade da atenção à saúde10).
Dentre os profissionais incluídos nas residências multiprofissionais em saúde está o enfermeiro, que também pauta sua prática em um modelo próprio, ou seja, o Processo de Enfermagem (PE), que organiza a assistência em saúde, com foco nos problemas, fatores de risco e potencialidades dos indivíduos e coletivos11-12. Todavia, mesmo o enfermeiro utilizando o PE na sua prática há momentos em que se depara com limitações, visto que há intervenções que dependem de outras profissões para possibilitar a continuidade do cuidado, de modo a contemplar a integralidade da assistência à saúde.
Nesse contexto, o PE se caracteriza como uma tecnologia de cuidado, pois, em sua construção, os saberes estruturados, associados ao diálogo e à escuta, são presentes e definem a ação do enfermeiro, sendo o cuidado o foco da enfermagem. Entende-se que o cuidado de enfermagem é um processo interativo que não se restringe apenas a utilização de equipamentos e saberes estruturados, mas, também, em ações que se configuram como processos de intervenções de relação e subjetividade, contendo a comunicação como instrumento necessário para mediar essa tecnologia. Logo, o processo como tecnologia requer abertura para novos modos de trabalho e tecnologias, como o PTS, incorporados às práticas dos profissionais11-12.
Na lógica da atuação multiprofissional, é preciso que o enfermeiro agregue diferentes saberes na construção do seu conhecimento, além de contribuir com o cuidado interdisciplinar. Esse compartilhamento é algo em construção na Enfermagem, e a residência multiprofissional estabelece uma “ponte” para esse novo modo de trabalhar, onde o PTS e o PE se entrelaçam. Assim, verifica-se a necessidade de refletir sobre os diferentes modos de fazer embasados nestes modelos, identificando-se similaridades e pontos de interseções entre os mesmos.
A relevância deste estudo está no fato de possibilitar a reflexão sobre como tornar o PE contemporâneo na lógica de cuidado interdisciplinar, tendo o PTS como um aliado nessa nova perspectiva. Somado a isto, destaca-se a importância de aprofundar o conhecimento sobre este modo de cuidar e, como o PTS pode ampliar as estratégias de formação dos enfermeiros.
Dessa forma, este estudo tem por objetivo analisar o PTS e o PE quanto as suas especificidades e pontos de interseções, na perspectiva do cuidado interdisciplinar, a partir de uma revisão da literatura com uma análise reflexiva dos achados.
MÉTODO
Estudo de revisão integrativa da literatura (RIL) conforme Cooper13, para subsidiar a análise das especificidades e pontos de interseções entre o PTS e o PE, na perspectiva do cuidado interdisciplinar.
O percurso da RIL ocorreu com a delimitação das etapas descritas no Quadro 1.
A delimitação do problema se desenvolveu a partir da seguinte questão norteadora: “Como o Processo de Enfermagem se insere no modelo de atenção à saúde proposto pelo Projeto Terapêutico Singular?”
Foram incluídos no estudo os artigos escritos em português, inglês e espanhol, publicados entre 2005 e 2015, disponíveis na íntegra e on-line nas bases de dados Lilacs/SciELO, MEDLINE/PubMed Central, com os descritores/DeCS Processos de enfermagem, Atenção à saúde, Estratégia saúde da família, Avaliação de programas e projetos de saúde e Desenvolvimento de pessoal; os termos/MeSH Nursing process, Delivery of health care, Nursing care management; e a palavra-chave projeto terapêutico singular. Excluíram-se estudos em formato de cartas ao editor, relatos de experiências, dissertações e teses, e artigos repetidos nas bases de dados selecionadas.
Utilizou-se o operador booleano AND para refinar busca dos estudos por meio da união de descritores e termos14. A variação dos descritores e os termos utilizados para busca dos estudos foram selecionados de modo a contemplar a interdisciplinaridade, contexto em que o PTS está descrito. Para a busca realizou a combinação de descritores e termos em cada base de dados; utilizou-se sempre o descritor/termo processos de enfermagem/nursing process associado com operador boleando AND com cada um dos demais descritores e termos.
A coleta de dados ocorreu nos meses de janeiro a abril de 2016. Para tanto, foi usado um instrumento criado pelos autores contemplando a identificação do artigo; objetivos; desenho metodológico; resultados; limitações e conclusões.
A análise e apresentação da síntese dos dados se deram em quadros sinópticos, que contemplaram as informações extraídas dos estudos relacionadas à questão norteadora. O estudo levou em consideração os aspectos éticos, mantendo autenticidade das ideias, assegurando a autoria dos artigos pesquisados.
O Quadro 1 apresenta uma síntese das etapas do estudo.
RESULTADOS
Foram encontrados 23 estudos que apresentavam dados para a resposta da questão norteadora do estudo. A maioria das publicações ocorreu nos anos 2011 (07 - 30,4%) e 2015 (05 - 22%); com predominância de estudos brasileiros (20 - 87%), além de um (4,3%) estudo norte-americano e um (4,3%) espanhol.
Em relação ao delineamento dos estudos, oito (35%) foram exploratórios descritivos, quatro (17,4%) revisões da literatura e quatro (17,4%) com abordagem qualitativa. Os mesmos foram publicados em diversos periódicos, sendo a Revista da Escola de Enfermagem da USP e a Revista Latino-Americana de Enfermagem as que apresentaram maior número de publicações analisadas.
As informações contendo os dados de identificação dos artigos (autores, título, periódico, ano de publicação, tipo de estudo, origem e Qualis ou fator de impacto) estão descritas no Quadro 2.
Dentre os 23 estudos da amostra, 17 (74%) abordaram o PE, cinco (22%) o PTS e apenas um (4,3%) sobre a RIMS e o PTS no mesmo estudo. Dois estudos abordaram o PTS e PE de forma concomitante, nos serviços de atenção básica e de saúde mental, porém, nem um estudo sobre os mesmos na atenção hospitalar abordando o cuidado interdisciplinar.
A maioria dos estudos sobre o PTS e o PE foram desenvolvidos ou tinham como cenário de discussão os serviços de atenção básica e de saúde mental. Apenas um estudo sobre RIMS apresentava considerações sobre a utilização do PTS como dispositivo na produção do cuidado na perspectiva interdisciplinar, na atenção hospitalar.
A partir da análise dos 23 estudos, identificaram-se 37 especificidades ambas do PTS e do PE, que estão descritas sob forma de categorias que remetem ao conteúdo dos estudos analisados, agrupadas em três eixos norteadores: voltadas ao indivíduo, família e contexto social, à equipe de trabalho e ao ambiente de cuidado. Dos 17 estudos que abordaram o PE, foram identificadas 20 diferentes especificidades, e dos cinco estudos que abordaram o PTS e um sobre RIMS, identificaram-se 17 diferentes especificidades.
A Tabela 1 apresenta uma síntese das especificidades do PE. Das 19 diferentes especificidades do PE, seis não são similares às do PTS: Autonomia na tomada de decisão clínica em enfermagem, Ações de educação em saúde, Ações de educação permanente em saúde, Competências interpessoais, Competências intelectuais e Definição de modelo metodológico e instrumento tecnológico.
A Tabela 2 apresenta uma síntese das especificidades do PTS. Das 17 diferentes especificidades do PTS, quatro não são similares às do PE: Inserção no contexto interdisciplinar, Discussão de casos clínicos, Uso do conceito Clínica ampliada e Interconexão dos serviços dentro da rede de atenção à saúde.
A síntese das especificidades descritas nas tabelas sinópticas sob forma de categorias, subsidiou a identificação do alinhamento do PTS e do PE com pontos de interseções, permitindo listar 14 especificidades similares entre estes dois modelos de cuidado, dentre as 37 especificidades encontradas para os mesmos.
A síntese desses pontos de interseções entre o PTS e o PE descritos sob forma de categorias, que remetem ao conteúdo dos estudos analisados, estão agrupados nos três eixos já descritos (Tabela 3).
DISCUSSÃO
A análise do PTS e do PE a partir da revisão da literatura possibilitou responder a questão norteadora do estudo, e desse modo, identificar as especificidades e os pontos de interseções de cada um desses dois modelos.
Encontrou-se predominância de estudos brasileiros (91,3%), publicados em periódicos de enfermagem, considerando que o uso de dispositivos de cuidado, como o PTS e, os programas de residências em saúde são estratégias relativamente recentes direcionadas às práticas de atenção e gestão dos serviços de saúde pública no Brasil. Os estudos mais frequentes foram os exploratórios descritivos (35%), o que demonstra a busca pela compreensão e o aprimoramento do conhecimento sobre o PE, e estudos mais frequentes abordando o PTS foram duas revisões de literatura (9%) sobre o dispositivo de cuidado.
Em relação à combinação dos descritores e termos para a busca dos estudos, optou-se em uma variação destes, o que possibilitaria encontrar estudos que abordassem o PTS e o PE juntos em uma perspectiva interdisciplinar nos diferentes níveis de atenção à saúde. Essa variação dos descritores e termos se deu a partir da suposição de uma escassa literatura sobre o assunto devido a recente inserção das residências multiprofissionais e o uso de dispositivos de cuidado, como o PTS, nos serviços de saúde.
Foram encontrados apenas dois estudos que abordaram o PTS e o PE27,38 de forma concomitante, um em serviço de atenção básica e outro em um serviço de saúde mental. Porém, não se encontrou estudo dos mesmos na atenção hospitalar abordando o cuidado interdisciplinar na prática assistencial dos enfermeiros. Infere-se, que a escassa produção científica abordando o PTS e o PE juntos, se deve à recente inserção desse dispositivo de cuidado nos serviços de saúde, sobretudo na atenção hospitalar.
No entanto, o conceito de PTS está em construção desde o início dos anos noventa, sendo modificado na trajetória do SUS, desde o movimento sanitário e reforma psiquiátrica39. Estudos sobre o PTS, no contexto da saúde mental, descrevem que o seu processo de implantação e resultados são positivos em serviços de cuidados intensivos ou especializados, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nos quais os resultados destes estudos demonstram o PTS como ferramenta potente no cuidado aos sujeitos assistidos por esses serviços40-41.
Corroborando com os nossos achados, em que quatro (17,4%) dos estudos sobre o PTS foram desenvolvidos ou tiveram como cenário de discussão os serviços de saúde mental. Os estudos buscaram compreender ou discutir a construção de projeto terapêutico de usuários do CAPS e, as articulações da equipe de saúde mental com outros serviços de saúde e setores da sociedade. Observou-se que a construção do PTS se dá a partir das necessidades de saúde de cada usuário, mediante esforço mútuo entre a equipe, os usuários e famílias. Sendo importante dispositivo de cuidado em saúde mental e uma estratégia de organização desses serviços17,32.
A elaboração do PTS na atenção hospitalar foi identificada em apenas um (4,3%) estudo sobre a inserção da residência multiprofissional em um hospital universitário no Brasil. No estudo, o projeto terapêutico foi utilizado como instrumento para integrar os diferentes atores do processo de produção de saúde, com práticas de atenção integradas e centradas nas necessidades de saúde de cada indivíduo, e alinhadas ao modelo de atenção à saúde recomendado pelo SUS19.
Outros estudos sobre PTS, na atenção hospitalar, disponíveis na literatura são relatos de experiência, estudos estes excluídos da amostra do estudo42-43.
Não foram encontrados estudos que abordaram o PE na atenção hospitalar em uma perspectiva interdisciplinar, porém, estratégias de cuidado baseado na Clinica Ampliada, considerando a singularidade do sujeito, são observadas em serviços de atenção básica e de saúde mental a partir de práticas de saúde articuladas com equipe multiprofissional. Também, observa-se que a integralidade do cuidado, princípio do SUS, é algo que permeia as práticas de saúde dos enfermeiros e demais profissionais da equipe nestes serviços de saúde20,37.
Em relação às especificidades do PTS e do PE identificadas, foram descritas em categorias que remetem ao conteúdo dos estudos analisados e foram agrupadas em três eixos norteadores da discussão.
No eixo indivíduo, família e contexto social, a especificidade Integralidade do cuidado de indivíduo, família e coletividade do PTS e do PE, se reporta a conteúdos que permitem identificar os sujeitos como totalidades, considerando a integralidade do cuidado uma assistência à pessoa como um todo, incluindo suas necessidades de saúde biológicas, psicológicas e sociais, e a sua subjetividade. Constitui-se em espaços de acolhimento e escuta, de modo atender às suas necessidades, de humanizar as práticas de saúde e de ampliar o acesso dos usuários nos serviços22,33,37.
Na especificidade o uso de tecnologias em saúde, do PTS e do PE, as observadas nos estudos foram tecnologias leves como, o acolhimento, o vínculo, a escuta, o diálogo, a corresponsabilização e a autonomia dos usuários; e as tecnologias duras, a produção de procedimentos. As tecnologias leves permitem a produção de relações envolvidas no encontro trabalhador-usuário por meio da escuta e construção de vínculos, possibilita captar a singularidade e compreender o contexto em que o usuário se encontra inserido38. Na construção de projetos terapêuticos essas tecnologias leves em saúde favorecem a adesão do usuário ao tratamento30,32.
A especificidade Reconhecimento da singularidade dos indivíduos e coletivos, do PTS e do PE, reporta-se ao sujeito em seu contexto social e singular, o profissional de saúde reconhece as suas particularidades, as suas individualidades e as suas necessidades de saúde no cuidado. A singularidade de indivíduos e coletivos é a essência do projeto terapêutico, considerado como elemento central de articulação desse dispositivo17,25.
No eixo equipe de trabalho, a especificidade frequente do PTS foi a Inserção no contexto interdisciplinar. O projeto terapêutico se insere no contexto interdisciplinar para ampliar e qualificar as intervenções, com a contribuição de especialidades e diferentes profissões, tendo como finalidade o princípio da integralidade, buscando ampliar o olhar para os sujeitos a partir da multiprofissionalidade25,30.
Ainda nesse eixo, a especificidade Construção compartilhada entre equipe, indivíduo, família e rede social, frequente do PTS e semelhante do PE, compreende o compartilhamento de informações diagnósticas e terapêuticas entre profissionais, sujeitos e família na tomada de decisão, das percepções e reflexões dos diferentes profissionais da equipe na elaboração do projeto terapêutico21,26,31,34. Esse compartilhamento deve ir tanto em direção da equipe de saúde, dos serviços de saúde, como no sentido dos usuários, proporcionando condições para o cuidado integral por meio de articulações intersetoriais21,28,44.
No eixo ambiente de cuidado, a especificidade frequente do PE foi o Modo de organização em etapas. O PE como modelo metodológico e instrumento tecnológico, descreve como os enfermeiros organizam a assistência em cinco etapas, a coleta de dados ou histórico, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação de intervenções e avaliação de enfermagem16,23,26,29,36,45. O PTS também se organiza em etapas que são semelhantes às do PE21,27,30,32,46.
A especificidade Trabalho em equipe multiprofissional, do PTS e do PE, se reporta ao cuidado expresso de modo interdisciplinar subsidiado na Clínica ampliada e nas necessidades de saúde de cada usuário, com ações articuladas desenvolvidas por equipe multiprofissional. Assim, o trabalho em equipe é considerado uma estratégia para a construção de ações interdisciplinares nos cenários de prática, que deve favorecer a organização do serviço e a construção de práticas de cuidado articuladas e integradas, superando a fragmentação dos conhecimentos e das práticas de saúde1,19,21,32.
As especificidades Gestão do cuidado e dos processos de trabalho e Gestão do serviço de saúde (uso da clínica ampliada) foram frequentes do PE e do PTS respectivamente. Em relação à gestão do cuidado e dos processos de trabalho do enfermeiro, no cenário de atenção básica foram observadas ações como, monitoramento de situações de saúde dos usuários, gerenciamento da equipe e do serviço, gestão de projetos terapêuticos e articulação dos serviços de saúde como um sistema de redes de atenção à saúde1-2,18,27. Em estudo recente, o PTS se mostrou uma ferramenta eficaz para a gestão do cuidado para profissionais de uma equipe da ESF na atenção básica à saúde47.
A identificação destas especificidades do PTS e do PE permitiu observar um
alinhamento entre estes dois modelos de cuidado com pontos de interseções, sobretudo nos serviços de atenção básica e de saúde mental. Observou-se que nestes serviços os enfermeiros desenvolvem estratégias ampliadas de cuidado que contemplam o individuo em sua totalidade, a partir de práticas de saúde articuladas com equipe multiprofissional.
Nota-se que as etapas do PTS e do PE possuem áreas de interseção importantes, onde a enfermagem pode trabalhar as suas especificidades e ao mesmo tempo interagir com outros profissionais de saúde, na busca do atendimento da singularidade de cada indivíduo, na perspectiva da integralidade do cuidado em saúde.
Nessa interação, a residência multiprofissional possibilita um alinhamento do PE com diferentes dispositivos de cuidado como o PTS, em que a atuação do enfermeiro na equipe multiprofissional permite agregar diferentes saberes na construção do seu conhecimento, além de contribuir com a equipe justamente com o PE. Contudo, a RIMS estabelece uma “ponte” para esse novo modo de trabalhar na perspectiva de uma atenção ampliada à saúde, onde o PTS e o PE se entrelaçam e se complementam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise do PTS e do PE possibilitou observar que estes modelos de cuidado possuem similaridades e se complementam.
Observa-se que o princípio da integralidade do cuidado de enfermagem se expressa na relação com a equipe de saúde, com o ambiente de cuidado e com o sujeito cuidado, em que o enfermeiro visualiza o todo no contexto do cuidado em saúde. Porém, há um predomínio dessa integralidade limitada nas práticas de saúde especificas da profissão e que não se articula com os outros atores implicados na produção do cuidado.
Nota-se que apesar da similaridade destes modelos de cuidado, as práticas de saúde do PTS extrapolam às do PE, visto que o projeto terapêutico utiliza maior arsenal de ferramentas e dispositivos de cuidado das políticas de saúde do SUS como aliados à suas práticas de saúde, para nortear o cuidado.
Contudo, considera-se que a interseção entre o PTS e o PE é uma produção de cuidado ampliado à saúde e inovador das práticas de saúde no SUS, sendo o PTS uma estratégia inovadora para potencializar o modelo de atenção e gestão da Enfermagem na atenção à saúde de indivíduos e famílias. Assim, a Enfermagem deve considerar que novos dispositivos tecnológicos de cuidado se fazem necessários à profissão.
Destaca-se como limitações do estudo a restrita literatura sobre o assunto e a variação dos descritores utilizados para a busca dos estudos. Sugere-se a realização de novos estudos que possam analisar como os dispositivos de cuidado como o PTS tem se processado frente às perspectivas de mudanças na produção de cuidado integral e, como esses dispositivos tem fortalecido a formação dos enfermeiros no contexto das residências multiprofissionais.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
02 Jul 2018 -
Data do Fascículo
2018
Histórico
-
Recebido
29 Mar 2017 -
Aceito
25 Ago 2017