Rev Gaucha Enferm.
rgenf
Revista Gaúcha de Enfermagem
Rev. Gaúcha Enferm.
1983-1447
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem
Resumen
OBJETIVO
Describir los factores desencadenantes de descompensación de la insuficiencia cardíaca entre pacientes adherentes y no adherentes al tratamiento.
MÉTODOS
Estudio transversal de cohorte multicéntrica. Pacientes mayores de 18 años con insuficiencia cardiaca descompensada (clase funcional III / IV) fueron elegibles. Para la recolección de los datos se utilizó un cuestionario estructurado que evalua los motivos de la descompensación. El uso irregular de medicación previa a la internación y control inadecuado de sal y líquidos fueron considerados como grupo de mala adherencia al tratamiento.
RESULTADOS
Se incluyeron 556 pacientes, con una edad media de 61 ± 14 años, 362 (65%) eran hombres. El principal factor de descompensación fue la mala adherencia, representando el 55% de la muestra. Los pacientes que indicaron el uso irregular de las medicaciones en la última semana presentaron un 22% más de riesgo de internación por mala adherencia en comparación con los pacientes adherentes.
CONCLUSIÓN
El estudio EMBRACE demostró que en pacientes con insuficiencia cardíaca, la mala adherencia se mostró como el principal factor de exacerbación.
Introdução
As hospitalizações decorrentes da Insuficiência Cardíaca (IC) são consideradas um problema de saúde de proporções mundiais. Nos Estados Unidos foram registradas em um ano mais de um milhão de altas hospitalares, com taxas de readmissões chegando a 25% em 30 dias, mortalidade em torno de 30% em um ano e custos hospitalares a 30 bilhões de dólares1-2. No cenário brasileiro, aproximadamente 39% das admissões hospitalares estão relacionadas à descompensação da IC. Esta proporção demonstra-se mais prevalente, em torno de 70%, na população acima dos 60 anos3. O estudo Brazilian Registry of Heart Failure (BREATHE)4 mostrou uma taxa de mortalidade intra-hospitalar em torno de 13% em pacientes admitidos por IC. Se compararmos com dados mundiais, nos Estados Unidos, por exemplo, este índice gira em torno de 3%5.
A investigação dos fatores precipitantes de descompensação da IC, as taxas de admissões e readmissões hospitalares, além das estratégias de intervenções na redução de desfechos têm sido cada vez mais estudados. Embora na maioria dos trabalhos o foco de pesquisa objetiva a importância prognóstica da IC, sabe-se que o entendimento dos aspectos relacionados à adesão é determinante para o tratamento6. Conforme a American Heart Association, a adesão está inserida como um importante componente do autocuidado na melhora de desfechos no contexto da IC7. Baseado nestas afirmações, dados de estudos indicam que a baixa taxa de adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico mostra-se como um forte preditor de hospitalizações no contexto da IC8-9. Além disso, associa-se a um aumento de risco de mortalidade por todas as causas10.
Diante das evidências destacadas na literatura nacional e internacional, além da magnitude deste panorama, faz-se necessário descrever os fatores precipitantes de descompensação da IC entre pacientes aderentes e não aderentes ao tratamento.
Métodos
Desenho do estudo
Estudo transversal de uma coorte multicêntrica denominada Estudo Multicêntrico BRAsileiro para Identificar os Fatores PreCipitantes de IntErnação e Reinternação de Pacientes com Insuficiência Cardíaca - EMBRACE9. Participaram desta pesquisa, dois centros do sul do Brasil (1 e 2), e um do nordeste do Brasil (3), todos considerados referência no atendimento a pacientes com IC.
População estudada
Foram elegíveis os pacientes admitidos por IC descompensada, em classe III ou IV, conforme classificação de New York Heart Association (NYHA), com fração de ejeção ≤ 45%, idade > 18 anos, de ambos os sexos. Foram excluídos pacientes com IC após infarto agudo do miocárdio nos três meses prévios à internação; pacientes com IC secundária a quadro de sepse; pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio nos 30 dias prévios à internação e pacientes com sequelas cognitivas.
Coleta de dados
Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário estruturado padronizado, com o qual o investigador coletou dados de identificação, variáveis demográficas e clínicas e a questões relativas ao motivo da descompensação por IC. O período da coleta foi entre março/2010 e janeiro/2011. Pacientes com história de uso irregular de medicações prévio à internação, controle inadequado de sal e líquidos foram considerados como grupo de má adesão ao tratamento. Para aqueles em que a causa foi identificada como Síndrome Coronariana Aguda, Arritmia, Infecção, Embolia Pulmonar ou Disfunção da Tireoide, foram classificados como internação por outras causas. Esses dois grupos nortearam as análises desse estudo.
Consideração ética
Este estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas, com o parecer sob o número (06-032), de acordo com a Declaração de Helsinki. Todos os pacientes consentiram assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Análise dos dados
O pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 19.0 foi utilizado para as análises estatísticas. Um valor de P bicaudal menor que 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. A análise estatística deu-se pela Regressão de Poisson com ajustes para variâncias robustas, sendo realizado o Generalized Estimating Equation (Equação de Estimação Generalizada) para ajustar os erros-padrão por centro. As comparações entre os grupos para características sociodemográficas e clínicas foram realizadas por meio de teste t, qui-quadrado e Mann-Whitney, conforme apropriado. As variáveis contínuas foram expressas como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil.
Resultados
Foram incluídos 556 pacientes, a maioria proveniente do centro 1 (54%), seguido do 2 (27%) e 3 (19%), com idade média de 61±14 anos, 362(65%) do sexo masculino. A etiologia isquêmica foi a mais prevalente e a fração de ejeção média do ventrículo esquerdo foi de 29±8%. A maioria dos pacientes não residia sozinho e cinquenta por cento da amostra tinha até cinco anos de estudo. A má adesão caracterizou o principal motivo da descompensação por IC, representando 55% do total da amostra. A descompensação por outras causas constituíram o segundo grupo. Houve diferença estatisticamente significativa nas variáveis sexo, etnia/raça e etiologia isquêmica. Os demais dados estão demonstrados na Tabela 1.
Tabela 1:
Características sociodemográficas e clínicas de pacientes com IC descompensada. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012
Variável
Má adesão n=307
Outras causas n=249
Valor P
Idade, anos*
61,4±13,9
60,9±14,7
0,164
Sexo, masculino†
211(68,7)
151(60,6)
0,047
Não reside sozinho†
265(86,3)
221(89,1)
0,321
Escolaridade, anos‡
5(2-8)
5(1-8)
0,169
Etnia/Raça, branca†
220(71,7)
151(60,6)
0,002
Etiologia, isquêmica†
100(32,6)
104(41,8)
0,023
Etiologia hipertensiva†
100 (32,6)
76 (30,5)
0,668
Etiologia valvar†
22(7,2)
30 (12)
0,202
Etiologia chagásica†
16 (5,2)
15 (6)
0,643
Fração Ejeção do VE (%)*
28,8±7,9
29,4±8,1
0,628
Classe Funcional†
III
163(53,3)
144(58,8)
0,196
IV
143(46,7)
101(41,2)
0,196
Creatinina (mg/dL)‡
1,27 (0,96-1,71)
1,22 (0,90-1,69)
0,388
Hemoglobina (g/dL)†
12,9 (4,1)
12,5 (4,1)
0,350
Tempo de doença, dias‡
32,2 (1-365)
27,8 (0-725)
0,584
Faz tratamento para IC†
273(88,9)
215(86,3)
0,028
Fonte:
Dados da pesquisa, 2012.
*
Média ± desvio-padrão;
†
n (%);
‡
mediana (percentis 25-75);
Outras legendas:
VE - Ventrículo Esquerdo; IC - Insuficiência cardíaca.
Na Tabela 2 são apresentados os valores ajustados das variáveis clínicas dos pacientes que internaram por IC descompensada, analisadas conforme o modelo de regressão. De acordo com esse modelo, quatro variáveis apresentaram significativa diferença estatística comparada aos demais grupos. A etiologia isquêmica apresentou-se como fator protetor, sendo que os pacientes isquêmicos apresentaram 19% menos risco de internarem por má adesão. Os pacientes que afirmaram uso irregular das medicações na última semana apresentaram 22% mais risco de internação por má adesão do que os pacientes que fazem uso regular. Da mesma forma, os pacientes que ao se sentirem melhor interromperam o uso contínuo da medicação demonstraram 19% mais de risco de internar por má adesão que os demais. Para os pacientes que não relacionaram o cansaço com a piora da doença, houve 11% menos risco de internarem por má adesão.
Tabela 2:
Variáveis clínicas de pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores brutos e ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012
Variável
Total* n=556
Valor Bruto RP (IC 95%) P
Valor Ajustado RP (IC 95%) P
Sexo, masculino
362(65,1)
1,18(1,03-1,35) 0,02
1,11(0,97-1,27) 0,14
Cor
Branca
371(66,7)
1,00
1,00
Negra
89(16)
0,93(0,84-1,02) 0,14
0,86(0,70-1,05) 0,14
Parda
96(17,2)
0,67(0,54-0,82) <0,001
0,91(0,82-1,00) 0,06
Etiologia, isquêmica
204(37,2)
0,83(0,71-0,96) 0,01
0,81(0,69-0,95) 0,01
Dispneia paroxística noturna
471(84,7)
1,37(1,18-1,59) <0,001
1,21(0,96-1,53) 0,11
Uso irregular das medicações na última semana
154(27,6)
1,26(1,10-1,45) 0,001
1,22(1,02-1,46) 0,03
Ao se sentir melhor deixa de tomar a medicação
76(13,6)
1,38(1,26-1,52) <0,001
1,19(1,07-1,32) <0,001
Relaciona importância do peso no seu tratamento
173(31,1)
1,59(1,15-2,21) 0,005
1,12(0,90-1,40) 0,32
Relaciona congestão com ortopneia
179(32,1)
1,73(1,04-2,86) 0,03
1,14(0,72-1,79) 0,57
Relaciona congestão com edema das extremidades
259(46,5)
2,04(1,76-2,37) <0,001
1,45(0,83-2,54) 0,19
Relaciona congestão com DPN
157(28,2)
2,00(1,36-2,95) <0,001
1,33(0,97-1,83) 0,07
Não relaciona o cansaço com a piora da doença
269(48,3)
1,77(1,31-2,38) <0,001
0,89(0,83-0,94) <0,001
Fonte:
Dados da pesquisa, 2012.
*
n(%);
Outros legendas:
DPN - dispneia paroxística noturna; RP - Razão de Prevalência; IC - Intervalo de confiança; Teste - Regressão de Poisson; Valor bruto obtido por regressão univariada; valor ajustado, obtido por regressão multivariada.
Os pacientes foram acompanhados durante a internação hospitalar e classificados de acordo com a piora clínica apresentada (Tabela 3). Houve 40% menos risco de óbito no grupo de pacientes que internaram por má adesão comparados a outras causas de IC descompensada.
Tabela 3:
Evolução intra-hospitalar dos pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012.
Variável
Má adesão* n=307
Outras causas* n=249
Valor Ajustado RP (IC 95%)
Valor P
Necessidade de VM
15(4,9)
20(8)
0,60(0,33- 1,08)
0, 093
Hemodiálise
8(2,6)
8(3,2)
0,80(0,54-1,20)
0,30
Internação CTI
37(12,1)
36(14,5)
0,83(0,52-1,31)
0,60
Uso de Inotrópico
25(8,1)
28(11)
0,72(0,45-1,14)
0,16
Óbito
18(5,9)
24(9,6)
0,60(0,58-0,63)
<0,001
Fonte:
Dados da pesquisa, 2012.
*
n (%);
Outras legendas:
VM - Ventilação mecânica; CTI - Centro de Tratamento Intensivo; RP - Razão de Prevalência; Teste - Regressão de Poisson ajustado por centros.
Discussão
Este estudo apresenta dados inovadores no painel brasileiro identificando alguns dos principais fatores precipitantes de descompensação da IC. Nossos achados indicaram que a má adesão caracterizou a maioria da amostra admitida nos diferentes centros por exacerbação da IC.
A terapia medicamentosa é uma das principais partes do tratamento da IC. A não adesão ao tratamento afeta diretamente os desfechos clínicos, além de causar um aumento do risco de hospitalização e morte11. Uma revisão sistemática que avaliou a eficácia de intervenções em pacientes com IC, demonstrou que a melhora de pelo menos uma recomendação, seja adesão, seja mudanças no estilo de vida reduz risco de mortalidade em 2%, além de reduzir em10% a probabilidade de internação12.
O complexo plano terapêutico, adicionado ao número de medicações prescritas são variáveis de confusão para os pacientes, no que diz respeito à adesão13. Nossos achados indicaram que o uso irregular e a descontinuidade do tratamento farmacológico associaram-se significativamente ao risco de internação hospitalar. A literatura apresenta dados semelhantes ao nosso estudo. Em uma revisão, foi identificada uma taxa de não adesão à medicação em torno de 40% a 60%, com alguns estudos apontando variações ainda maiores, de 10% a 92% dependendo do instrumento de avaliação utilizado14.
A falta de adesão ao tratamento não farmacológico também deve ser foco de atenção. No entanto, em alguns casos os dados da literatura apresentam-se controversos comprometendo, assim, as orientações dos profissionais. Por exemplo, com relação a prescrição do consumo diário de sódio na dieta há uma limitação de uma precisa recomendação por parte das diretrizes2,15, onde alguns estudos apontam o benefício da restrição de sódio16, enquanto outros demonstram melhores desfechos com a liberação do consumo diário17.
A adesão também é influenciada por fatores inerentes à IC, especialmente a múltiplas comorbidades associadas, e sobretudo ao reconhecimento dos sinais e sintomas da doença. A literatura discute diversos aspectos relacionados a redução da taxa de internação hospitalar no contexto da IC. Dentre eles, destaca-se a variável “déficit no conhecimento da doença” e sua relação direta nos índices readmissão18. A demora na percepção dos sinais e sintomas relacionados a IC, associa-se com a piora da exacerbação da doença e no atraso do manejo intervencionista19. Em contraponto, no nosso trabalho, os pacientes que não relacionaram o cansaço com a piora da doença, apresentaram menos risco de internação por má adesão.
Outro resultado a ser discutido neste estudo é a redução do risco de óbito no grupo de pacientes que internaram por má adesão. Esse achado pode ser explicado pelo fato de termos analisado os dados em comparação a internação por outras causas, as quais incluíram doenças que sabidamente são maiores preditores de mortalidade na IC. A redução de desfechos clínicos no cenário da IC, depende de um manejo individualizado de intervenções farmacológicas e não farmacológicas, o qual entenda a complexidade da terapia proposta. Além disso, futuros estudos devem implementar nas suas práticas de pesquisa tecnologias inovadoras em saúde, combinado com novos instrumentos de avaliação que priorize a adesão ao tratamento20.
Conclusão
O perfil de pacientes atendidos por descompensação de IC foi de homens brancos, sexagenários, com mediana de cinco anos de escolaridade, vivendo com companheiro e diagnóstico de IC com fração de ejeção reduzida. Metade do motivo das admissões na emergência foi decorrente de má adesão ao tratamento, especialmente pelo uso irregular dos medicamentos. As admissões por má adesão ao tratamento evoluíram com menor taxa de óbito intra-hospitalar, quando comparado às admissões por outras causas e a etiologia isquêmica da IC foi considerada fator protetor para as admissões por IC descompensada.
No contexto da educação e do cuidado, o foco do enfermeiro para pacientes com IC deve abranger aspectos voltados à avaliação da eficácia da terapia e a capacidade do paciente de compreender e implementar estratégias de adesão. A utilização do processo de enfermagem e os sistemas de classificações, além de tecnologias inovadoras em saúde são ferramentas disponíveis que devem ser exploradas na busca de redução de desfechos e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
O presente estudo apresenta limites pelo fato de incluir centros que são considerados referência no atendimento a pacientes com IC, o que pode representar um cenário diferente de outras realidades hospitalares.
Referências
1
1. Benjamin EJ, Blaha MJ, Chiuve SE, Cushman M, Das SR, Deo R, et al. Heart disease and stroke statistics-2017 update: a report from the American Heart Association. Circulation 2017;135(10):e146-e603. doi: 10.1161/CIR.0000000000000485.
Benjamin
EJ
Blaha
MJ
Chiuve
SE
Cushman
M
Das
SR
Deo
R
Heart disease and stroke statistics-2017 update a report from the American Heart Association
Circulation
2017
135
10
e146
e603
10.1161/CIR.0000000000000485
2
2. Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Jr., Drazner MH, et al. 2013 ACCF/AHA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2013;62(16):e147-239. doi: 10.1016/j.jacc.2013.05.019.
Yancy
CW
Jessup
M
Bozkurt
B
Butler
J
Casey
DE
Jr
Drazner
MH
2013 ACCF/AHA guideline for the management of heart failure a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines
J Am Coll Cardiol
2013
62
16
e147
e239
10.1016/j.jacc.2013.05.019
3
3. Bocchi EA, Guimarães G, Tarasoutshi F, Spina G, Mangini S, Bacal F. Cardiomyopathy, adult valve disease and heart failure in South America. Heart 2009;95(3):181-9. doi: 10.1136/hrt.2008.151225.
Bocchi
EA
Guimarães
G
Tarasoutshi
F
Spina
G
Mangini
S
Bacal
F
Cardiomyopathy, adult valve disease and heart failure in South America
Heart
2009
95
3
181
189
10.1136/hrt.2008.151225
4
4. Albuquerque DC, Souza Neto JD, Bacal F, Rohde LE, Bernardez-Pereira S, Berwanger O, et al. I Brazilian Registry of Heart Failure - clinical aspects, care quality and hospitalization outcomes. Arq Bras Cardiol 2015;104(6):433-42. doi: 10.5935/abc.20150031.
Albuquerque
DC
Souza
JD
Neto
Bacal
F
Rohde
LE
Bernardez-Pereira
S
Berwanger
O
I Brazilian Registry of Heart Failure - clinical aspects, care quality and hospitalization outcomes
Arq Bras Cardiol
2015
104
6
433
442
10.5935/abc.20150031
5
5. West R, Liang L, Fonarow GC, Kociol R, Mills RM, O'Connor CM, et al. Characterization of heart failure patients with preserved ejection fraction: a comparison between ADHERE-US registry and ADHERE-International registry. Eur J Heart Fail 2011;13(9):945-52. doi: 10.1093/eurjhf/hfr064.
West
R
Liang
L
Fonarow
GC
Kociol
R
Mills
RM
O'Connor
CM
Characterization of heart failure patients with preserved ejection fraction a comparison between ADHERE-US registry and ADHERE-International registry
Eur J Heart Fail
2011
13
9
945
952
10.1093/eurjhf/hfr064
6
6. Molloy GJ, O'Carroll RE, Witham MD, McMurdo ME. Interventions to enhance adherence to medications in patients with heart failure: a systematic review. Circ Heart Fail 2012;5(1):126-33. doi: 10.1161/CIRCHEARTFAILURE.111.964569.
Molloy
GJ
O'Carroll RE
RE
Witham
MD
McMurdo
ME
Interventions to enhance adherence to medications in patients with heart failure a systematic review
Circ Heart Fail
2012
5
1
126
133
10.1161/CIRCHEARTFAILURE.111.964569
7
7. Riegel B, Moser DK, Anker SD, Appel LJ, Dunbar SB, Grady KL, et al. State of the science: promoting self-care in persons with heart failure: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation 2009;120(12):1141-63. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.192628.
Riegel
B
Moser
DK
Anker
SD
Appel
LJ
Dunbar
SB
Grady
KL
State of the science promoting self-care in persons with heart failure: a scientific statement from the American Heart Association
Circulation
2009
120
12
1141
1163
10.1161/CIRCULATIONAHA.109.192628
8
8. Riegel B, Knafl GJ. Electronically monitored medication adherence predicts hospitalization in heart failure patients. Patient Prefer Adherence 2013;8:1-13. doi: 10.2147/PPA.S54520.
Riegel
B
Knafl
GJ
Electronically monitored medication adherence predicts hospitalization in heart failure patients
Patient Prefer Adherence
2013
8
1
13
10.2147/PPA.S54520
9
9. Rabelo ER, Aliti GB, Linch GFC, Sauer JM, Mello AMFS, Martins SM, et al. Non-pharmacological management of patients with decompensated heart failure: a multicenter study - EMBRACE. Acta Paulista de Enfermagem 2012;25(5):660-5. doi: 10.1590/S0103-21002012000500003.
Rabelo
ER
Aliti
GB
Linch
GFC
Sauer
JM
Mello
AMFS
Martins
SM
Non-pharmacological management of patients with decompensated heart failure a multicenter study - EMBRACE
Acta Paulista de Enfermagem
2012
25
5
660
665
10.1590/S0103-21002012000500003
10
10. Fitzgerald AA, Powers JD, Ho PM, Maddox TM, Peterson PN, Allen LA, et al. Impact of medication nonadherence on hospitalizations and mortality in heart failure. J Card Fail 2011;17(8):664-9. doi: 10.1016/j.cardfail.2011.04.011.
Fitzgerald
AA
Powers
JD
Ho
PM
Maddox
TM
Peterson
PN
Allen
LA
Impact of medication nonadherence on hospitalizations and mortality in heart failure
J Card Fail
2011
17
8
664
669
10.1016/j.cardfail.2011.04.011
11
11. Ruppar TM, Cooper PS, Mehr DR, Delgado JM, Dunbar-Jacob JM. Medication adherence interventions improve heart failure mortality and readmission rates: systematic review and meta-analysis of controlled trials. J Am Heart Assoc 2016;5:e002606. doi: 10.1161/JAHA.115.002606.
Ruppar
TM
Cooper
PS
Mehr
DR
Delgado
JM
Dunbar-Jacob
JM
Medication adherence interventions improve heart failure mortality and readmission rates systematic review and meta-analysis of controlled trials
J Am Heart Assoc
2016
5
e002606
10.1161/JAHA.115.002606
12
12. Unverzagt S, Meyer G, Mittmann S, Samos FA, Unverzagt M, Prondzinsky R. Improving treatment adherence in heart failure. Dtsch Arztebl Int 2016;113(25):423-30. doi: 10.3238/arztebl.2016.0423.
Unverzagt
S
Meyer
G
Mittmann
S
Samos
FA
Unverzagt
M
Prondzinsky
R
Improving treatment adherence in heart failure
Dtsch Arztebl Int
2016
113
25
423
430
10.3238/arztebl.2016.0423
13
13. Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues DA, et al. [Updating of the Brazilian guideline for chronic heart failure - 2012]. Arq Bras Cardiol 2012 [cited 2017 Nov 15];98(1 Suppl 1):1-33. Available from: http://www.scielo.br/pdf/abc/v98n1s1/v98n1s1a01.pdf. Portuguese.
Bocchi
EA
Marcondes-Braga
FG
Bacal
F
Ferraz
AS
Albuquerque
D
Rodrigues
DA
Updating of the Brazilian guideline for chronic heart failure - 2012
Arq Bras Cardiol
2012
cited 2017 Nov 15
98
1
1
1
33
Available from: http://www.scielo.br/pdf/abc/v98n1s1/v98n1s1a01.pdf
Portuguese
14
14. Wu JR, Moser DK, Lennie TA, Burkhart PV. Medication adherence in patients who have heart failure: a review of the literature. Nurs Clin North Am 2008;43(1):133-53; vii-viii. doi: 10.1016/j.cnur.2007.10.006.
Wu
JR
Moser
DK
Lennie
TA
Burkhart
PV
Medication adherence in patients who have heart failure a review of the literature
Nurs Clin North Am
2008
43
1
133
153
10.1016/j.cnur.2007.10.006
15
15. Bocchi EA, Braga FG, Ferreira SM, Rohde LE, Oliveira WA, Almeida DR, et al. [III Brazilian Guidelines on Chronic Heart Failure]. Arq Bras Cardiol 2009 [cited 2017 Nov 15];93(1 Suppl 1):3-70. Available from: http://www.scielo.br/pdf/abc/v93n1s1/abc93_1s1.pdf. Portuguese.
Bocchi
EA
Braga
FG
Ferreira
SM
Rohde
LE
Oliveira
WA
Almeida
DR
III Brazilian Guidelines on Chronic Heart Failure
Arq Bras Cardiol
2009
cited 2017 Nov 15
93
1
1
3
70
Available from: http://www.scielo.br/pdf/abc/v93n1s1/abc93_1s1.pdf
Portuguese
16
16. Philipson H, Ekman I, Forslund HB, Swedberg K, Schaufelberger M. Salt and fluid restriction is effective in patients with chronic heart failure. Eur J Heart Fail 2013;15(11):1304-10. doi: 10.1093/eurjhf/hft097.
Philipson
H
Ekman
I
Forslund
HB
Swedberg
K
Schaufelberger
M
Salt and fluid restriction is effective in patients with chronic heart failure
Eur J Heart Fail
2013
15
11
1304
1310
10.1093/eurjhf/hft097
17
17. Doukky R, Avery E, Mangla A, Collado FM, Ibrahim Z, Poulin MF, et al. Impact of dietary sodium restriction on heart failure outcomes. JACC Heart Fail 2016;4(1):24-35. doi: 10.1016/j.jchf.2015.08.007.
Doukky
R
Avery
E
Mangla
A
Collado
FM
Ibrahim
Z
Poulin
MF
Impact of dietary sodium restriction on heart failure outcomes
JACC Heart Fail
2016
4
1
24
35
10.1016/j.jchf.2015.08.007
18
18. Inamdar AA, Inamdar AC. Heart failure: diagnosis, management and utilization. J Clin Med 2016;5(7):62. doi: 10.3390/jcm5070062.
Inamdar
AA
Inamdar
AC
Heart failure diagnosis, management and utilization
J Clin Med
2016
5
7
62
62
10.3390/jcm5070062
19
19. Jurgens CY, Hoke L, Byrnes J, Riegel B. Why do elders delay responding to heart failure symptoms? Nurs Res 2009;58(4):274-82. doi: 10.1097/NNR.0b013e3181ac1581.
Jurgens
CY
Hoke
L
Byrnes
J
Riegel
B
Why do elders delay responding to heart failure symptoms
Nurs Res
2009
58
4
274
282
10.1097/NNR.0b013e3181ac1581
20
20. Verloo H, Chiolero A, Kiszio B, Kampel T, Santschi V. Nurse interventions to improve medication adherence among discharged older adults: a systematic review. Age Ageing 2017;46:747-54. doi: 10.1093/ageing/afx076.
Verloo
H
Chiolero
A
Kiszio
B
Kampel
T
Santschi
V
Nurse interventions to improve medication adherence among discharged older adults a systematic review
Age Ageing
2017
46
747
754
10.1093/ageing/afx076
Vinculação acadêmica
Não há vinculação deste estudo a programas de pós-graduação.
Original Article
Precipitating factors of decompensation of heart failure related to treatment adherence: multicenter study-EMBRACE
Rabelo-Silva
Eneida Rejane
a
b
Saffi
Marco Aurélio Lumertz
b
Aliti
Graziella Badin
a
b
Feijó
Maria Karolina
a
Linch
Graciele Fernanda da Costa
c
Sauer
Jaquelini Messer
a
Martins
Silvia Marinho
d
e
a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
b
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
c
Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
d
Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Recife, Pernambuco, Brasil.
e
Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Recife, Pernambuco,Brasil.
Corresponding author: Eneida Rejane Rabelo-Silva. eneidarabelo@gmail.com
Potential conflict of interest
The authors declare that there is no conflict of interest.
Abstract
OBJECTIVE
To describe the precipitating factors of heart failure decompensation between adherent and non-adherent patients to treatment.
METHODS
Cross-sectional study of a multicenter cohort study. Patients over 18 years of age with decompensated heart failure (functional class III/IV) were eligible. The structured questionnaire was used to collect the data and evaluate the reasons for decompensation. The irregular use of medication prior to hospitalization and inadequate salt and fluid intake were considered as poor adherence to treatment.
RESULTS
A total of 556 patients were included, mean age 61 ± 14 years old, 362 (65%) male. The main factor of decompensation was poor adherence, representing 55% of the sample. Patients who reported irregular use of medications in the last week had a 22% greater risk of being hospitalized due to poor adherence than the patients who adhered to treatment.
CONCLUSION
The EMBRACE study showed that in patients with heart failure, poor adherence was the main factor of exacerbation.
Keywords:
Heart failure
Multicenter study
Precipitating factors
Introduction
Hospitalizations due to heart failure (HF) are considered a global health problem. In the United States, more than 1 million admissions were recorded in one year, with a 25% readmission rate in 30 days, a mortality rate of around 30% in a year and 30 billion in hospital costs1-2. In Brazil, approximately 39% of hospital admissions are related to decompensated HF. This proportion is more prevalent, around 70% in the population over 60 years3. The study Brazilian Registry of Heart Failure (BREATHE)4 showed the intra-hospital mortality rate is around 13% in patients admitted for HF. If we compare these numbers with global data, in the United States, for example, this rate is around 3%5.
Consequently, the precipitating factors of decompensated HF, admission and readmission rate and interventions strategies to reduce outcomes have been increasingly studied. Although most works focus on the prognostic importance of HF, understanding the factors related to adherence is decisive for treatment6. According to the American Heart Association, adherence to treatment is considered an important self-care component for improving outcomes in the context of HF7. Based on these affirmations, data of studies indicate low rates of adherence to pharmacological and non-pharmacological treatment are a strong predictor of hospitalizations related to HF8-9. Moreover, they are associated with the increased risk of mortality from all causes10.
In view of the evidence highlighted in national and international literature and the magnitude of this panorama, it is necessary to describe the precipitating factors of decompensated HF in adherent and non-adherent patients.
Methods
Study design
A cross-sectional study of a multicentric cohort study entitled Estudo Multicêntrico BRAsileiro para Identificar os Fatores PreCipitantes de IntErnação e Reinternação de Pacientes com Insuficiência Cardíaca (Brazilian Multicentric Study to identify Precipitating Factors for the Admission and Readmission of Patients with Heart Failure) - EMBRACE9. Two centers in southern Brazil (1 and 2) and one center in northeastern Brazil (3), considered centers of reference for patients with HF, participated in this study.
Study population
Eligible patients were admitted for decompensated HF, class III or IV, according to the classification of New York Heart Association (NYHA), with ejection fraction ≤ 45%, aged > 18, both sexes. Patients with HF after acute myocardial infarction in the three months prior to admission; patients with HF secondary to sepsis; patients undergoing myocardial revascularization in the 30 days prior to hospitalization and patients with cognitive sequelae.
Data collection
A structured, standardized questionnaire was used to collect data on patient identification, demographic and clinical variables and the issues related to reasons for decompensated HF. Data were collected from March 2010 to January 2011. Patients with a history of irregular use of medication prior to admission and inadequate salt and fluid intake were considered as being the group with low adherence to treatment. Those for which the cause was identified as acute coronary syndrome, arrhythmia, infection, pulmonary embolism or thyroid dysfunction were classified as admission due to other causes. These two groups guided the analyses of this study.
Ethical consideration
This study was approved by the ethics committees of the institutions involved, filed under opinion number 06-032, in accordance with the Declaration of Helsinki. The patients agreed to participate in the study by signing an informed consent statement.
Data analysis
The Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 19.0 was used for the statistical analyses. A two-sided P value less than 0.05 was considered statistically significant. Poisson regression was used for the statistical analysis with adjustments for robust variances and the generalized estimating equation was used to adjust the standard errors per center. Comparisons between the groups for sociodemographic and clinical characteristics were performed using the Chi-square test, the t-test and Mann-Whitney, as considered appropriate. Continuous variables were expressed as mean and standard deviation or median and interquartile range interval.
Results
In all, 556 patients were included in the study. Most of the patients were in Center 1 (54%), followed by 2 (27%) and 3 (19%), with an average age of 61 ± 14 years, and 362 (65%) were men. The ischemic etiology was the most prevalent and the average ejection fraction of the left ventricle was 29±8%. Most of the patients lived alone and 50% of the sample had up to five years of school education. Poor adherence was the main reason for decompensated HF, representing 55% of the sample. Decompensated HF due to other causes formed the second group. There was no statistically significant difference in the variables sex, ethnicity/race and ischemic etiology. The remaining data are shown in Table 1.
Table 1:
Socio-demographic and Clinical Characteristics of patients with decompensated HF. Porto Alegre, RS, Brazil, 2012
Variable
Poor adherence n = 307
Other causes n = 249
P value
Age, years*
61.4±13.9
60.9±14.7
0.164
Sex, male†
211(68.7)
151(60.6)
0.047
Does not live alone†
265(86.3)
221(89.1)
0.321
Schooling, years‡
5(2-8)
5(1-8)
0.169
Ethnicity/Race, white†
220(71.7)
151(60.6)
0.002
Etiology, ischemic†
100(32.6)
104(41.8)
0.023
Etiology, hypertensive†
100 (32.6)
76(30.5)
0.668
Etiology, valvar†
22(7.2)
30(12)
0.202
Etiology, Chagas†
16(5.2)
15 (6)
0.643
LV ejection fraction (%)*
28.8±7.9
29.4±8.1
0.628
Functional class†
III
163(53.3)
144(58.8)
0.196
IV
143(46.7)
101(41.2)
0.196
Creatinine (mg/dL)‡
1.27(0.96-1.71)
1.22(0.90-1.69)
0.388
Hemoglobin (g/dL)†
12.9(4.1)
12.5(4.1)
0.350
Time of disease, days‡
32.2(1-365)
27.8(0-725)
0.584
Does treatment for HF†
273(88.9)
215(86.3)
0.028
Source:
Research data, 2012.
*
Mean ± standard deviation;
†
n (%)
‡
median (25-75 percentile);
Notes:
KV - Left Ventricle; HF - heart failure.
Table 2 shows the adjusted values of the clinical variables of patients hospitalized for decompensated HF, analyzed according to the regression model. According to this model, four variables showed a significant statistical difference compared to other groups. The ischemic etiology was presented as a protective factor, and ischemic patients had a 19% lesser risk of being admitted due to poor adherence. Patients who reported the irregular use of the medications in the last week had a 22% higher risk of being admitted for poor adherence than patients who used medication regularly. Similarly, patients who stopped using medication after they felt better had a 19% greater risk of being admitted for poor adherence than the others. Patients who did not relate tiredness with the worsening of the disease had an 11% lesser risk of being admitted for poor adherence.
Table 2:
Clinical variables of patients hospitalized for decompensated heart failure: Gross and adjusted values according to the Poisson regression model. Porto Alegre, RS, Brazil, 2012
Variable
Total* n = 556
Gross Value PR (CI 95%) P
Adjusted Value PR (CI 95%) P
Sex, male
362(65.1)
1.18(1.03-1.35) 0.02
1.11(0.97-1.27) 0.14
Skin color
White
371(66.7)
1.00
1.00
Black
89(16)
0.93(0.84-1.02) 0.14
0.86 (0.70-1.05) 0.14
Brown
96(17.2)
0.67(0.54-0.82) <0.001
0.91(0.82-1.00) 0.06
Etiology, ischemic
204(37.2)
0.83(0.71-0.96) 0.01
0.81(0.69-0.95) 0.01
Paroxysmal nocturnal dyspnea
471(84.7)
1.37(1.18-1.59) <0,001
1.21(0.96-1.53) 0.11
Irregular use of medications in the last week
154(27.6)
1.26(1.10-1.45) 0.001
1.22(1.02-1.46) 0.03
Stopped taking medication when felt better
76(13.6)
1.38(1.26-1.52) <0.001
1.19(1.07-1.32) <0.001
Relates importance of weight in treatment
173 (31.1)
1.59(1.15-2.21) 0.005
1.12(0.90-1.40) 0.32
Related congestion with orthopnea
179(32.1)
1.73(1.04-2.86) 0.03
1.14(0.72-1.79) 0.57
Related congestion with swelling of the extremities
259(46.5)
2.04(1.76-2.37) <0.001
1.45(0.83-2.54) 0.19
Related congestion with PND
157(28.2)
2.00(1.36-2.95) <0.001
1.33(0.97-1.83) 0.07
Does not relate tiredness with the worsening of the disease
269(48.3)
1.77(1.31-2.38) <0.001
0.89(0.83-0.94) <0.001
Source:
Research data, 2012.
*
n (%);
Notes:
PND - paroxysmal nocturnal dyspnea; PR - Prevalence ratio; CI - confidence interval; Test - Poisson Regression; Gross value from univariate regression; adjusted, from multivariate regression.
Patients were followed up during hospitalization and classified according to the observed clinical worsening of the condition (Table 3). A 40% lesser risk of death was observed in the patients admitted due to poor adherence compared to other causes of decompensated HF.
Table 3:
Intra-hospital evolution of patients hospitalized for decompensated heart failure: Values adjusted according to the Poisson regression model. Porto Alegre, RS, Brazil, 2012.
Variable
Poor adherence* n = 307
Other causes* n = 249
Adjusted Value PR (CI 95%)
P value
Need for MV
15(4.9)
20(8)
0.60(0.33-1.08)
0.093
Hemodialysis
8(2.6)
8(3.2)
0.80(0.54-1.20)
0.30
Admission ICU
37(12.1)
36 14.5)
0.83(0.52-1.31)
0.60
Use of Inotrope
25(8.1)
28(11)
0.72(0.45-1.14)
0.16
Death
18(5.9)
24(9.6)
0.60(0.58-0.63)
<0.001
Source:
Research data, 2012.
*
n (%)
Notes:
MV - mechanical ventilation; ICU = intensive care unit; PR - prevalence ratio; Test - Poisson Regression adjusted by center.
Discussion
This study presents innovative data in Brazil by identifying some of the main precipitating factors of decompensated HF. The findings reveal that most patients admitted in the centers for exacerbation of HF had adhered poorly to treatment.
Drug therapy is one of the key parts of treating HF. Consequently, non-adherence to treatment directly affects the clinical outcomes and increases the risk of hospitalization and death11. A systematic review that assessed the efficacy of interventions in patients with HF showed the improvement of at least one recommendation, whether adherence to treatment or a shift in lifestyle, reduce the risk of mortality by 2% and reduce the likelihood of hospitalization by 10%12.
The complex therapeutic plan and the high number of prescription drugs are variables that cause confusion in patients in terms of adherence13. The findings of this study indicate that the irregular use of medication and the interruption of drug therapy are significantly associated with the risk of hospitalization. The literature shows similar data to the findings of this study. In one review, the rate of non-adherence to medication ranged from 40% to 60%, and some studies revealed even greater variations, from 10% to 92%, depending on the adopted assessment tool14.
The lack of adherence to pharmacological treatment must also be the focus of attention. However, in some cases, the data in literature are controversial, thus jeopardizing the guidelines available to health workers. Regarding the daily sodium intake requirement, for example, a precise recommendation in the healthcare guidelines is limited2,15 since some studies indicate the benefits of restricting sodium intake16 while others present better outcomes when daily sodium consumption is not restricted17.
Adherence is also influenced by factors that are inherent to HF, especially the multiple associated comorbidities and, above all, the recognition of signs and symptoms of the disease. The literature discusses a range of factors related to reducing the hospital admission rate for HF. One of these factors is the variable “deficient knowledge of the disease” and its direct relationship with readmission rates18. The delay in perceiving the signs and symptoms of HF is associated with exacerbation of the disease and delays in Interventional management19. In contrast, in this work, the patients who did not relate tiredness with worsening of the disease had an 11% lesser risk of being admitted for poor adherence.
Another result to be discussed in this study is the reduced risk of death in patients hospitalized for poor adherence. This finding can be explained by the fact that the data were analyzed by comparing this group with the group admitted for other causes, which includes diseases believed to be greater predictors of mortality in HF. The reduction of clinical outcomes in the context of HF depends on an individualized management of pharmacological and non-pharmacological interventions that observes the complexity of the proposed therapy. In addition, the research practices in future studies should include innovative healthcare technologies and new assessment tools that prioritize adherence to treatment20.
Conclusion
The profile of patients admitted for decompensated HF was white men, over 60, with a median of five years of schooling, living with a partner and with a diagnosis of HF with reduced ejection fraction. Half of the emergency admissions were due to poor adherence to treatment, especially the irregular use of medication. Admissions due to poor adherence to treatment evolved with a lower rate of intra-hospital death in comparison with admissions for other causes and the ischemic etiology of HF was considered a protective factor for admissions due to decompensated HF.
In the context of education and care, the focus of nurses for patients with HF should include factors related to assessing the effectiveness of therapy and the patient's ability to understand and implement adherence strategies. The nursing process, the classification systems and innovative technologies are tools nurses can use to reduce outcomes and improve the quality of life of patients.
The limitation of this study is the inclusion of centers considered reference units for patients with HF, which could represent a different scenario to that of other centers.
Academic relations
This study is not linked to any graduate programs.
Autoría
Eneida Rejane Rabelo-Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do SulBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Hospital de Clínicas de Porto AlegreBrasilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Marco Aurélio Lumertz Saffi
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Hospital de Clínicas de Porto AlegreBrasilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Graziella Badin Aliti
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do SulBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Hospital de Clínicas de Porto AlegreBrasilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Maria Karolina Feijó
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do SulBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Graciele Fernanda da Costa Linch
Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto AlegreBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Jaquelini Messer Sauer
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do SulBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Silvia Marinho Martins
Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Recife, Pernambuco, Brasil. Hospital Universitário Osvaldo CruzBrasilRecife, Pernambuco, Brasil Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Recife, Pernambuco, Brasil.
Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Recife, Pernambuco, Brasil.Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de PernambucoBrazilRecife, Pernambuco, Brazil Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Recife, Pernambuco, Brasil.
Os autores declaram não haver conflito de interesses pertinentes.
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do SulBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Enfermagem. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Hospital de Clínicas de Porto AlegreBrasilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto AlegreBrazilPorto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Recife, Pernambuco, Brasil. Hospital Universitário Osvaldo CruzBrasilRecife, Pernambuco, Brasil Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Recife, Pernambuco, Brasil.
Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Recife, Pernambuco, Brasil.Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de PernambucoBrazilRecife, Pernambuco, Brazil Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Recife, Pernambuco, Brasil.
Tabela 2:
Variáveis clínicas de pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores brutos e ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012
Tabela 3:
Evolução intra-hospitalar dos pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012.
table_chartTabela 1:
Características sociodemográficas e clínicas de pacientes com IC descompensada. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012
Variável
Má adesão n=307
Outras causas n=249
Valor P
Idade, anos**
Média ± desvio-padrão;
61,4±13,9
60,9±14,7
0,164
Sexo, masculino††
n (%);
211(68,7)
151(60,6)
0,047
Não reside sozinho††
n (%);
265(86,3)
221(89,1)
0,321
Escolaridade, anos‡‡
mediana (percentis 25-75);
5(2-8)
5(1-8)
0,169
Etnia/Raça, branca††
n (%);
220(71,7)
151(60,6)
0,002
Etiologia, isquêmica††
n (%);
100(32,6)
104(41,8)
0,023
Etiologia hipertensiva††
n (%);
100 (32,6)
76 (30,5)
0,668
Etiologia valvar††
n (%);
22(7,2)
30 (12)
0,202
Etiologia chagásica††
n (%);
16 (5,2)
15 (6)
0,643
Fração Ejeção do VE (%)**
Média ± desvio-padrão;
28,8±7,9
29,4±8,1
0,628
Classe Funcional††
n (%);
III
163(53,3)
144(58,8)
0,196
IV
143(46,7)
101(41,2)
0,196
Creatinina (mg/dL)‡‡
mediana (percentis 25-75);
1,27 (0,96-1,71)
1,22 (0,90-1,69)
0,388
Hemoglobina (g/dL)††
n (%);
12,9 (4,1)
12,5 (4,1)
0,350
Tempo de doença, dias‡‡
mediana (percentis 25-75);
32,2 (1-365)
27,8 (0-725)
0,584
Faz tratamento para IC††
n (%);
273(88,9)
215(86,3)
0,028
table_chartTabela 2:
Variáveis clínicas de pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores brutos e ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012
Variável
Total**
n(%);
n=556
Valor Bruto RP (IC 95%) P
Valor Ajustado RP (IC 95%) P
Sexo, masculino
362(65,1)
1,18(1,03-1,35) 0,02
1,11(0,97-1,27) 0,14
Cor
Branca
371(66,7)
1,00
1,00
Negra
89(16)
0,93(0,84-1,02) 0,14
0,86(0,70-1,05) 0,14
Parda
96(17,2)
0,67(0,54-0,82) <0,001
0,91(0,82-1,00) 0,06
Etiologia, isquêmica
204(37,2)
0,83(0,71-0,96) 0,01
0,81(0,69-0,95) 0,01
Dispneia paroxística noturna
471(84,7)
1,37(1,18-1,59) <0,001
1,21(0,96-1,53) 0,11
Uso irregular das medicações na última semana
154(27,6)
1,26(1,10-1,45) 0,001
1,22(1,02-1,46) 0,03
Ao se sentir melhor deixa de tomar a medicação
76(13,6)
1,38(1,26-1,52) <0,001
1,19(1,07-1,32) <0,001
Relaciona importância do peso no seu tratamento
173(31,1)
1,59(1,15-2,21) 0,005
1,12(0,90-1,40) 0,32
Relaciona congestão com ortopneia
179(32,1)
1,73(1,04-2,86) 0,03
1,14(0,72-1,79) 0,57
Relaciona congestão com edema das extremidades
259(46,5)
2,04(1,76-2,37) <0,001
1,45(0,83-2,54) 0,19
Relaciona congestão com DPN
157(28,2)
2,00(1,36-2,95) <0,001
1,33(0,97-1,83) 0,07
Não relaciona o cansaço com a piora da doença
269(48,3)
1,77(1,31-2,38) <0,001
0,89(0,83-0,94) <0,001
table_chartTabela 3:
Evolução intra-hospitalar dos pacientes que internaram por descompensação de insuficiência cardíaca: Valores ajustados de acordo com o modelo de regressão de Poisson. Porto Alegre, RS, Brasil, 2012.
Variável
Má adesão**
n (%);
n=307
Outras causas* n=249
Valor Ajustado RP (IC 95%)
Valor P
Necessidade de VM
15(4,9)
20(8)
0,60(0,33- 1,08)
0, 093
Hemodiálise
8(2,6)
8(3,2)
0,80(0,54-1,20)
0,30
Internação CTI
37(12,1)
36(14,5)
0,83(0,52-1,31)
0,60
Uso de Inotrópico
25(8,1)
28(11)
0,72(0,45-1,14)
0,16
Óbito
18(5,9)
24(9,6)
0,60(0,58-0,63)
<0,001
Como citar
Rabelo-Silva, Eneida Rejane et al. Factores desencadenantes de descompensación de la insuficiencia cardiaca relacionados con la adhesión al tratamiento: estudio multicéntrico-EMBRACE. Revista Gaúcha de Enfermagem [online]. 2018, v. 39 [Accedido 18 Abril 2025], e20170292. Disponible en: <https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.20170292>. Epub 22 Oct 2018. ISSN 1983-1447. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.20170292.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de EnfermagemRua São Manoel, 963 -Campus da Saúde , 90.620-110 - Porto Alegre - RS - Brasil, Fone: (55 51) 3308-5242 / Fax: (55 51) 3308-5436 -
Porto Alegre -
RS -
Brazil E-mail: revista@enf.ufrgs.br
rss_feed
Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.