RESUMO
Objetivo:
Analisar as representações sociais dos graduandos de enfermagem acerca da transexualidade e as demandas de saúde das pessoas transexuais.
Métodos:
Pesquisa qualitativa, descritiva, com 28 graduandos em enfermagem de uma universidade pública do Rio de Janeiro/Brasil. Realizou-se uma entrevista semiestruturada, no período de novembro de 2017 a março de 2018, e análise tipo lexical com auxílio do software Alceste 2012.
Resultados:
A transexualidade foi representada como uma transgressão, sendo a pessoa transexual objetivada como antinatural por não se identificar com seu sexo biológico. Terapia hormonal e cirurgias de redesignação sexual foram entendidas como as principais demandas, sendo ancoradas numa esfera patologizante e medicalizadora da saúde. A temática não é abordada durante a graduação, gerando despreparo para vida profissional.
Considerações finais:
Faz-se necessário ampliar as discussões sobre gênero na academia, tendo como propósito a transposição do imperativo da heteronormatividade, para que futuros enfermeiros estejam aparelhados para fornecer um cuidado integral e equânime.
Palavras-chave:
Pessoas transgênero; Identidade de gênero; Transexualidade; Saúde; Estudantes de enfermagem