Buber
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01 |
00 |
01 |
1998 |
2007 |
Preocupa-se, fundamentalmente, com a corresponsabilidade entre a reflexão e a ação, entre o experienciado e o vivido, entre o logos e a práxis; volta-se para o sentido da existência humana em todas as suas manifestações, em relação de dialogicidade e permeada por responsabilidade ética, em busca de propiciar uma reflexão da reflexão e despertar para um compromisso com a vida e com a experiência vivenciada. |
Frankl
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14 |
00 |
06 |
1992 |
2016 |
Concentra-se na logoterapia, escola psicológica de caráter plurifacetado, de cunho fenomenológico-existencial e humanista, como uma forma de encontrar um sentido existencial para cada indivíduo no seu contexto, na sua existência, pois seria a busca de sentido que direciona a vida do ser. Possui na finitude da vida um dos aspectos essenciais da existência humana. |
Heidegger
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144 |
00 |
78 |
1990 |
2022 |
Reconhece a fenomenologia como conceito e método. A questão do ser representa a essência, e transcende o ente, aquilo que se vislumbra quando se olha para alguém. Apresenta o ser-aí (Dasein), uma forma de indicar que o ser só é a partir das maneiras pelas quais ele se manifesta, dos seus modos de ser-no-mundo, que caracteriza uma condição do ser que existe enquanto consciente da sua presença no mundo e no tempo. Analisa a forma como o ser vivencia as próprias experiências conforme se conscientiza do seu estar-lançado-no-mundo. Ainda, o tempo representa um conceito central na fenomenologia heideggeriana, pois a temporalidade se constitui em uma condição ontológica para poder compreender o que é ser. |
Husserl
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03 |
00 |
01 |
2004 |
2014 |
Considerado o principal precursor da fenomenologia. Defendia a construção de uma ciência para as experiências vivenciadas, uma análise das essências a partir de uma “volta às coisas mesmas”, em busca de alcançar a visualização do fenômeno a partir da sua própria realidade, a coisa em si, em seu estado original, sendo preciso, para tanto, realizar uma suspensão (epoché) provisória, suprimindo convicções, julgamentos e conceitos pré-concebidos. Entende fenômeno como tudo que aparece à consciência, e toda consciência como consciência de algo. |
Maffesoli
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17 |
00 |
08 |
1995 |
2012 |
Considera uma lógica existencialista que engloba todo o desvelamento diário e constante da história cotidiana, e não apenas uma situação momentânea, focalizando fenômenos habituais nunca encarados em sua essência e singularidade. Destaca os pressupostos de uma sociologia compreensiva que valoriza o vivido que se constrói diariamente de forma dinâmica, buscando a inteligibilidade e a compreensão como aspectos intrínsecos dos fenômenos sociais, separados dos fenômenos naturais pelos conceitos de intencionalidade e significado. |
Martins e Bicudo
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10 |
02 |
01 |
1995 |
2021 |
Focalizam a análise da estrutura do fenômeno situado, em que a essência dos fenômenos se encontra nas descrições (nas quais estão localizadas essências e intencionalidades) provenientes dos sujeitos e que se referem às experiências vivenciadas. Isso envolve as análises idiográfica, em que se analisa a ideologia que perpassa as descrições ingênuas do sujeito mediante símbolos que representam ideias; e nomotética, que se relaciona à elaboração de leis, e, portanto, permite a saída do específico para o geral. |
Max Scheler
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01 |
00 |
00 |
2008 |
2008 |
Toma a fenomenologia como enfoque (e não como método), procedimento do pensar e contemplação, distanciando-se do rigor husserliano. Salienta que a fenomenologia busca a apreensão dos fenômenos mediante a apreensão das essências e de suas correlações essenciais produzidas no mundo, que diferem dos fatos contingentes e empíricos. |
Merleau-Ponty
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62 |
11 |
27 |
1992 |
2021 |
Compreende a consciência como percepção, a qual se encontra relacionada à atitude do corpo, campo criador dos sentidos e veículo do ser no mundo. Além disso, faz interface entre o conceito de estar no mundo e a expressão da experiência do mundo vivido mediante o corpo, considerando-o como lugar onde o sensível se torna objeto de conhecimento e lugar de manifestação da subjetividade. |
Patricia Benner
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01 |
00 |
01 |
2019 |
2020 |
Sustenta a tese de uma fenomenologia interpretativa, que representa um entendimento de práticas, habilidades e experiências cotidianas, retratando o indivíduo na situação e preservando o contexto e os significados do mundo vida. O fenômeno e o contexto no qual se inserem desenham um projeto interpretativo do mundo dos sujeitos, e tal contexto pode ser acessado mediante a criação de uma relação dialógica entre vivências e preocupações práticas. |
Ricoeur
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10 |
00 |
02 |
1997 |
2018 |
Os pressupostos dos estudos sob esse referencial voltam-se para uma ontologia hermenêutica, considerada a ciência de toda a compreensão linguística, em busca de compreender o sentido do ser mediante sua expressão no mundo, sendo que a interpretação dos fenômenos se situa entre as experiências vivenciadas e a linguagem (pensada não a partir do que diz, e sim do que esconde). |
Sartre
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01 |
00 |
00 |
2008 |
2008 |
Considera importante a relação fenomênica entre o mundo e o homem, assim como da sua ação situada no mundo, conferindo atenção para os dados factíveis dos fenômenos, mediante a compreensão de que a essência é precedida pela existência. |
Schütz
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125 |
00 |
69 |
1993 |
2021 |
Fundamenta uma fenomenologia de cunho sociológico, uma abordagem compreensiva para um fato social. Possui no cenário onde os sujeitos vivem, a constituição do mundo cotidiano, no qual os homens se transformam continuamente e alteram as estruturas sociais. Compreende as ações dos sujeitos no mundo social ancorando-se nas relações intersubjetivas construídas nas experiências do cotidiano. |
Stein
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00 |
00 |
02 |
2009 |
2009 |
Busca fazer uma análise da experiência do ser como origem do conhecimento do eu, e considera que a existência concreta do homem é a fonte da sua vivência, reconhecendo que no ser humano existe um indivíduo espiritual que o liga ao mundo. Aborda interseções entre filosofia e religião, analisando questões teológicas filosoficamente. |
Van Manen
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00 |
00 |
02 |
2015 |
2019 |
Volta-se para uma fenomenologia da prática, a qual se interessa pelo modo como os seres humanos agem e se relacionam como pessoas que estão no mundo, considerando a experiência vivida como ponto de origem e de chegada na pesquisa fenomenológica. Congrega elementos fenomenológicos hermenêuticos e descritivos. |