RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo determinar o acesso e a utilização de serviços odontológicos em centro de referência para pacientes com defeitos orofaciais no estado da Bahia, Brasil. Em entrevista um questionário foi preenchido sobre informações sociodemográficas, tipo de fissura, tipos de tratamentos especializados, tempo para agendamento e de retorno da consulta de 101 pacientes com fissura labial com ou sem fissura palatina não sindrômica e 101 indivíduos controles sem a malformação. Em ambos os grupos a faixa etária foi de 5 a 12 anos. Observou-se que indivíduos fissurados tiveram acesso mais rápido ao serviço odontológico em relação ao grupo controle e menor tempo de agendamento entre a primeira consulta e o retorno. Distintas necessidades na utilização de serviços odontológicos foram observadas nos grupos de estudo com diferenças em relação às especialidades (p=0,000). Indivíduos com fissura labial com ou sem fissura palatina não sindrômica mostraram dificuldades de socialização no grupo de faixa etária entre 9 e 12 anos e não tiveram dificuldades no acesso ao serviço odontológico especializado. Através desse estudo concluiu-se que os indivíduos fissurados não apresentaram dificuldades no acesso ao serviço especializado. Sugere-se a implementação de atividades educacionais básicas de saúde oral nesse centro de tratamento multidisciplinar.
Termos de indexação Criança; Fissura palatina; Fenda labial; Saúde bucal