OBJETIVO:
Avaliar in vitro a resistência de união por cisalhamento de bráquetes ortodônticos metálicos ao esmalte utilizando diferentes materiais para colagem em função da quantidade de ciclos térmicos.
MÉTODOS:
Foram avaliados um sistema de união com resina composta fluida (Transbond XT/3M Unitek) e um ionômero de vidro modificado por resina (Fuji Ortho LC/GC America Inc.). Oitenta pré-molares humanos hígidos foram aleatoriamente divididos em oito grupos experimentais (n=10), de acordo com os tipos de material e quantidade de ciclos térmicos: zero, 1000, 2000 e 3000 ciclos. A colagem dos bráquetes foi realizada na face vestibular dos dentes. Após 24 horas, foram submetidos à ciclagem térmica com temperaturas de imersão entre 5ºC e 55ºC por 15 segundos. Os testes de resistência de união foram feitos em máquina de ensaios universal com ponta tipo cinzel com velocidade de 0,5 mm/min. Os dados foram submetidos à ANOVA a dois critérios.
RESULTADOS:
Não houve diferença na resistência de união entre bráquetes e o esmalte em função do número de ciclos térmicos (p = 0,873). Houve diferença significativa na resistência de união proporcionada entre os materiais para colagem (p = 0,022), sendo que valores significativamente superiores foram obtidos com a utilização do Transbond XT, independentemente do número de ciclos térmicos.
CONCLUSÃO:
A quantidade de ciclos térmicos não influenciou significativamente a resistência de união dos materiais. Transbond XT mostrou maior resistência de união do que o cimento Fuji Ortho LC, independentemente da quantidade de ciclos térmicos.
Cimentos de Ionômeros de vidro; Cimentos de resina; Resistência ao cisalhamento