RESUMO
Objetivo:
Objetivou-se analisar a satisfação com a experiência acadêmica entre concluintes da área das Ciências Biológicas e da Saúde de uma universidade pública brasileira.
Métodos:
Estudo transversal, quantitativo foi desenvolvido junto a acadêmicos dos cursos presenciais de Ciências Biológicas (n=30), Farmácia (n=45), Educação Física (n=44), Enfermagem (n=30), Medicina (n=39) e Odontologia (n=35), resultando em uma amostra de 223 acadêmicos. Os dados foram coletados através do instrumento validado - ‘Escala de Satisfação com a Experiência Acadêmica’, composto por 35 indicadores e três dimensões: 'satisfação com o curso', 'oportunidade de desenvolvimento' e 'satisfação com a instituição', com mensuração pela escala likert de cinco pontos. Aplicou-se estatística descritiva e testes de Anova, Kruskal-Wallis e teste t.
Resultados:
A dimensão 'satisfação com o curso' foi a melhor avaliada (p<0,001), enquanto a 'satisfação com a instituição' a pior. A maioria dos acadêmicos mostrou-se satisfeita com a grande parte dos indicadores avaliados. Atribuiu-se maior satisfação às relações interpessoais, em especial as envolvendo o relacionamento docente-discente e a capacitação de profissionais. Piores avaliações relacionaram-se a aspectos estruturais como segurança, conforto e suprimento de equipamentos. Estudantes de medicina apresentaram o maior escore de satisfação geral, divergindo significativamente dos piores escores: Ciências Biológicas (p<0,001) e Farmácia (p<0,001). Foram verificadas também diferenças entre os cursos nas demais dimensões (p<0,05). Em relação aos fatores demográficos não houve divergência significativa (p>0,05).
Conclusão:
Conclui-se que os acadêmicos investigados apresentam-se satisfeitos em relação à instituição de ensino superior; contudo, devem ainda ser estabelecidas estratégias que visem qualificar o seu processo educacional, em especial, a infraestrutura institucional.
Termos de indexação:
Comportamento do consumidor; Instituições acadêmicas; Estudantes de Ciências da Saúde.