RESUMO
Objetivo
Verificar a prevalência das anomalias dentárias de número, posição e forma, além da presença de alterações ósseas, por meio de radiografias panorâmicas.
Métodos
Levantamento das anomalias dentárias e alterações ósseas em crianças de 6 a 12 anos, com radiografia panorâmica registrada no Banco de Imagens Radiográficas da Universidade Federal do Espírito Santo nos anos de 2012 a 2016. Foram registradas informações clínico-demográficas referentes aos pacientes atendidos. As fichas clínicas foram recuperadas para obtenção da história médica de síndromes ou outras doenças que interfiram nas anomalias e alterações. Foram realizados os testes estatísticos qui-quadrado ou exato de Fischer.
Resultados
Foram encontradas 83 radiografias panorâmicas que mostravam algum tipo de alteração em 301 analisadas. Foram descritas 169 anomalias ou alterações (média de 2,04±1,38 anomalias/paciente), envolvendo 201 dentes. A anomalia mais prevalente foi a impactação (26,63%) que afetou mais os caninos, seguida da hipodontia (24,26%) que ocorreu mais em segundos pré-molares, em ambas o sexo feminino foi mais acometido. A hiperdontia e as lesões radiolúcidas tiveram a mesma prevalência (18,93%), os dentes mais acometidos foram da região ântero-superior e os primeiros molares inferiores, respectivamente. As menos prevalentes foram dilaceração (7,69%), taurodontia (2,37%) e lesões radiopacas (1,18%). As anomalias ósseas estavam significativamente mais em mandíbula e na região posterior, o que confirma a prevalência em molares inferiores.
Conclusão
Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao gênero. Mas houve alta prevalência de anomalias e alterações na população estudada, o que denota a importância do diagnóstico por meio desse importante exame complementar.
Termos de indexação
Radiografia panorâmica; Anodontia; Dente supranumerário
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