RESUMO
Objetivo:
O objetivo desse estudo foi avaliar os microdanos ósseos em locais preparados para a instalação de implantes utilizando um modelo ex vivo acessando três velocidades de rotação de perfuração.
Métodos:
Fragmentos ósseos de costela bovina foram utilizados para a criação de 18 sítios de osteotomia em diferentes velocidades de rotação: 1200 rpm, 800 rpm e 400 rpm. As amostras foram coradas com Alaranjado de Xilenol e preparadas para análise microscópica em fluorescência e luz polarizada. Os microdanos ósseos foram avaliados em número e calibrados com base na área total óssea: densidade de microfraturas (Fr.D = n/mm2), morfologia (difusa ou linear) e densidade de microtrincas (Cr.D = n / mm2) e presença de espículas ósseas. Para complementar a análise, microtrincas lineares foram avaliadas por meio de microscopia confocal para visualização tridimensional.
Resultados:
Os microdanos ósseos incluíram microtrincas, danos difusos, microfraturas e formação de espículas. Houve uma associação entre MO e localização em osso esponjoso (p=0,0016), bem como uma correlação positiva entre Fr.D e Cr.D (p=0,05, r = 0,54). A ocorrência de microdanos ósseos não foi diferente entre as três velocidades de rotação utilizadas. Em 3D, a profundidade maior da microfissura atingiu 60,81 µm.
Conclusão:
Microdanos ósseos ocorrem durante a osteotomia e podem ser acessados em um modelo ex vivo na condução de experimentos em biomecânica. Sugere-se que a presença de microdanos não é influenciada pela velocidade de rotação durante a perfuração.
Termos de indexação
Osso e ossos; Histologia; Osteotomia