RESUMO
Objetivo:
Mostrar a relação entre a ingestão do açúcar na dieta infantil e a presença da Cárie da Primeira Infância em um grupo de crianças pré-escolares.
Métodos:
Foi realizada uma análise retrospectiva de prontuários de pacientes de 0 a 6 anos atendidos na Clínica de Bebês entre 2010 a 2016, da Universidade Federal de Santa Maria. Os dados analisados foram: identificação do paciente, sexo, idade, introdução do açúcar (idade e frequência), aleitamento materno exclusivo, uso de mamadeira contendo açúcar, escovação (com ou sem flúor) e diagnóstico de cárie dentária feito através do International Caries Detection and Assessment System. A análise descritiva mostrou as características da amostra e análises comparativas foram realizadas pelos testes de Fisher e T-Student, para verificar a relação entre variáveis individuais e a ingestão de açucares.
Resultados:
A média de idade das crianças foi de 29 meses. Dos 86 prontuários analisados, 80,0% das crianças ingeriam alimentos açucarados, sendo parte da rotina alimentar. Apenas 36 prontuários continham informações sobre a Cárie da Primeira Infância, nestes foi encontrada uma prevalência de 86,2% da amostra. Não houve diferença estatística entre dieta açucarada e demais variáveis (p > 0,05).
Conclusão:
Esses resultados sugerem uma intensa relação entre açúcar e Cárie da Primeira Infância. A alta frequência de ingestão de açúcar é um fator de risco para o surgimento da Cárie da Primeira Infância, podendo ser retardada a sua inserção na alimentação infantil. A orientação alimentar e de higienização é fundamental no processo do tratamento assim como a conscientização familiar.
Termos de indexação
Pré-escolar; Cárie dentária; Sacarose