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Relação de xerostomia com fatores bucais e sistêmicos

RESUMO

Objetivos:

Avaliar a relação entre hipossalivação, doenças sistêmicas e uso de medicamentos, sintomas bucais, experiência com cárie, fluxo e pH salivar.

Métodos:

Realizou-se estudo transversal com 50 participantes com xerostomia, selecionados e distribuídos aleatoriamente em dois grupos: 25 com hipossalivação e 25 sem hipossalivação, pareados em idade e sexo. Determinou-se o fluxo salivar em repouso (FSR), índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D) e pH salivar. Aplicou-se teste de Mann-Whitney e teste qui-quadrado, considerando significantes valores de p<0,05.

Resultados:

No grupo de participantes com hipossalivação 88% usavam medicamentos e 96% tinham doença sistêmica e, entre os sem hipossalivação, 48% usavam medicamentos e 64% tinham doenças sistêmicas. Aqueles com hipossalivação tiveram os maiores percentuais de disgeusia (60%) e ardor bucal (36%). Houve diferenças estatisticamente significantes para as medianas de FSR (0,08 ml/minuto / 0,2 ml/minuto) (p=0,000), pH (6/7) (p=0,000) e CPO-D (22/17) (p=0,004) obtidas dos participantes com hipossalivação e sem hipossalivação, respectivamente. Apenas no grupo com hipossalivação houve associação estatisticamente significante do fluxo salivar em repouso com faixa etária (p=0,035), tipo de doença sistêmica (p=0,049) e pH (p=0,032) e, o CPO-D teve associação com doenças sistêmicas (p=0,015).

Conclusão:

Os resultados sugerem que a hipossalivação piora a condição dental, favorece a presença de sintomas bucais e, o fluxo salivar em repouso sofre influência de doenças sistêmicas e faixa etária.

Termos de indexação
Saliva; Saúde bucal; Xerostomia

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