RESUMO
Objetivos:
Este trabalho avaliou a percepção dos responsáveis sobre a ansiedade odontológica das crianças e sua associação com as variáveis independentes: ansiedade odontológica dos responsáveis e o motivo para sua última consulta odontológica, fatores socioeconômicos, última visita ao dentista dos responsáveis e da criança, condição bucal da criança e tipo de procedimento odontológico realizado na consulta.
Métodos:
Neste estudo transversal a amostra contou com 58 crianças entre 6 e 9 anos e seus responsáveis. Os participantes foram selecionados a partir de um estudo clínico em que metade das crianças receberam fluorterapia e as outras exodontia. Os responsáveis responderam ao questionário socioeconômico e para avaliar a ansiedade odontológica e a percepção sobre a ansiedade odontológica das crianças eles responderam a Dental Anxiety Scale e a Dental Anxiety Question, respectivamente. Para avaliar a ansiedade odontológica das crianças foi aplicado o Venham Picture Test Modificado e a sua condição bucal foi verificada pelo índice CPO-D/ceo-d. A análise dos dados foi realizada pelo teste Qui-quadrado, Exato de Fisher e Mann-Whitney.
Resultados:
A frequência de responsáveis que perceberam a ansiedade odontológica das crianças foi de 50,9%. Entretanto, 41,4% das crianças relataram a ansiedade odontológica. Houve uma diferença significativa entre o Dental Anxiety Question e o Venham Picture Test Modificado (p = 0,002). Não houve relação entre a percepção dos responsáveis sobre a ansiedade odontológica das crianças com as demais variáveis independentes.
Conclusão:
Existiu uma diferença significativa entre a ansiedade odontológica das crianças e a percepção desta pelos responsáveis.
Termos de indexação
Criança; Ansiedade ao tratamento odontológico; Saúde bucal