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ERVA-MATE, PATRIMÔNIO IMATERIAL E SOFT POWER NOS TEMPOS DE JUAN MANUEL DE ROSAS (1829-1852)

Resumo

Examina-se a valorização da erva-mate como patrimônio agroalimentar regional, no processo de construção da ideologia americanista durante a gestão de Juan Manuel de Rosas à frente da Confederação Argentina. Detecta-se que a cultura da erva-mate ganhou fortes raízes na sociedade do Cone Sul nos séculos XVII e XVIII, mas, após a independência, a estratégia comercial britânica procurou substituí-la pelo chá, produto imperial funcional aos seus interesses. Esse projeto teve sucesso em diversos territórios, como o Chile, onde a elite seguiu a moda imposta pelos ingleses. Mas, no Rio da Prata, Rosas estava determinado a promover e fortalecer a cultura do mate, como meio estratégico de afirmar a identidade americanista e a resistência às pretensões neocoloniais europeias. Com essa atitude, Rosas foi pioneiro na valorização do patrimônio agroalimentar regional.

Palavras-chave
Patrimônio agroalimentar; Patrimônio cultural material e imaterial; Colonialismo comercial; Mate; Gastropolítica

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