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XERAFINS, TANGAS, BAZARUCOS: A MOEDA NO ESTADO DA ÍNDIA NOS SÉCULOS XVI E XVII1 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e a bibliografia utilizadas são referenciadas. Resultado parcial da pesquisa desenvolvida com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico – CNPq (bolsa de produtividade em pesquisa – Processo 309960/2021-5) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp (auxílio à pesquisa regular – Processo 2021/14583-4).

XERAFINS, TANGAS E BAZARUCOS: THE CURRENCY IN THE STATE OF INDIA IN THE 16TH AND 17TH CENTURIES

Resumo

A conquista de Goa e a formação do Estado da Índia foram acompanhadas pelo estabelecimento de uma zona monetária particular, diferenciada do regime da moeda de Portugal e baseada na tradução e no uso de espécies locais que tinham valor extrínseco referendados pelos poderes delegados. Os portugueses, assim, se utilizavam de uma milenar tradição monetária indiana. Para além da criação de Casas da Moeda e de oficinas monetárias que cunhavam peças de ouro, prata e cobre, com valores referenciados ao padrão monetário português (o real), o funcionamento dessa zona monetária dependia também da atividade dos xaraffo (do árabe sarraf) ou sarrafo (na versão aportuguesada), como eram designados esses cambistas, especialistas no teste e na troca de moedas, que se encontravam em todas as feiras e mercados. Neste texto, além de compreender a formação dessa zona específica do sistema monetário do Império Português, queremos destacar o papel desempenhado por esses intermediários da moeda (sarrafos).

Palavras-chave
Império Colonial Português; Estado da Índia; sistema monetário; história da moeda; sarrafos ; cambista

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