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A QUEDA DA MARQUESA D’ANCRE IMPRESSA DOS DOIS LADOS DO CANAL DA MANCHA (1617)1 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e a bibliografia utilizadas são referenciadas. As menções aos arquivos correspondem ao seguinte: (BnF) Bibliothèque Nationale de France; (BM-Amiens) Bibliothèque Municipale d’Amiens; (SBB) Staatsbibliothek zu Berlin; (HAB) Herzog August Bibliothek; (BL) British Library. Pesquisa financiada com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, por meio de bolsa de produtividade em pesquisa PQ-2 (Processo 306361/2022-1), assim como pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ (Processo 211.105/2019).

Resumo

Em 24 de abril de 1617, chegava ao fim a prodigiosa influência de um casal de italianos sobre a regente da França, Marie de Médicis. Ao articular o assassinato do marquês d’Ancre, marechal da França e figura-chave na condução dos negócios do reino, o delfim Louis XIII garantiu sua ascensão ao trono e o isolamento da rainha-mãe, apoiando-se sobre a distribuição das riquezas do falecido entre seus apoiadores. Restava, contudo, a questão em torno do que fazer com a viúva Léonora Dori, herdeira legítima de Concini. Através da análise das representações da marquesa em folhetos franceses e ingleses, este artigo reconstrói as facetas que lhe foram atribuídas e as visões contrastantes em torno de seu grau de influência na França do início do século XVII. No entrecruzamento entre a História do Impresso, a História das Mulheres e a História das Emoções, este artigo se volta à reflexão sobre a mobilidade dos textos e o impacto dos impressos baratos na constituição de um dado imaginário em torno do feminino e da formação da opinião na França moderna.

Palavras-chave
França; literatura de rua; Léonora Dori Galigaï; Louis XIII; emoções

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